Um funcionário do parlamento britânico negou nesta 2ª feira (11.set.2023) ter trabalhado como um espião para a China e disse ser “completamente inocente” das acusações de colaboração com Pequim. As informações são da agência Reuters.
No domingo (10.set), a Polícia Metropolitana de Londres anunciou a prisão, em março, de 2 indivíduos com base na Lei de Segredos Oficiais, que trata de casos relacionados à suspeita de espionagem. Segundo o jornal Sunday Times, um dos detidos era um pesquisador que atuava na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do Parlamento britânico.
O suspeito estaria conectado a vários deputados de alto escalão, incluindo a presidente da comissão de relações exteriores, Alicia Kearns, e o ministro da Segurança, Tom Tugendhat. Nesta 2ª (11.set), seus advogados emitiram um comunicado em seu nome, no qual negam as alegações, embora sem mencionar sua identidade.
“Sinto-me forçado a responder às acusações da mídia de que sou um ‘espião chinês’. É errado que eu seja obrigado a fazer qualquer forma de comentário público sobre as notícias falsas que ocorreram”, disse.
A nota também afirma que o suspeito é “completamente inocente” e que dedicou sua carreira como pesquisador para “educar outras pessoas sobre o desafio e as ameaças apresentadas pelo Partido Comunista Chinês”.
A polícia anunciou que ambos os suspeitos foram liberados sob fiança. Segundo a prática comum no Reino Unido, as autoridades não revelaram a identidade dos suspeitos, uma vez que ainda não foram formalmente acusados. O 2º suspeito não se pronunciou publicamente sobre o caso.
Nesta 2ª (11.set), depois de sua volta de Nova Délhi, onde participou da cúpula do G20, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak disse estar “horrorizado” com os relatos de espionagem. “A santidade deste lugar deve ser protegida”, disse o líder do governo ao discursar na Câmara dos Comuns, enfatizando que está comprometido em “proteger a democracia”.
Um porta-voz da embaixada chinesa no Reino Unido disse que as acusações de que a China é suspeita de “roubar a inteligência britânica” é completamente “fabricada” e uma “calúnia maliciosa”.
“Nos opomos firmemente às acusações e insistimos que os partidos relevantes no Reino Unido a porem fim à sua manipulação política anti-China e a pararem de encenar essa farsa política”, declarou.