Sindicatos de professores e técnicos das universidades federais recusaram as propostas do governo e ampliarão a greve nas próximas semanas. A partir da 2ª feira (29.abr.2024), a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a Ufba (Universidade Federal da Bahia) e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) vão aderir à paralisação.
Ao todo, 29 instituições federais de ensino superior estão paradas. São 23 universidades, 5 institutos federais 1 centro tecnológico. O movimento começou em 15 de abril.
Depois de assembleia realizada na 6ª feira (26.abr.2024), o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) e a Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) declararam que não aceitarão o que foi proposto pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O governo tentou negociar com os profissionais um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e outro de 3,5% em maio de 2026.
“As propostas lançadas pelo governo foram largamente rejeitadas razão de que não há nenhuma perspectiva de estejamos no Orçamento de 2024 e porque as propostas de recomposição para os próximos anos estão muito aquém das expectativa q a categoria pleiteia, que é de 22,71% na recomposição das nossas perdes remuneratórias”, disse o presidente da Andes, Gustavo Seferian.
As associações sindicais também solicitaram uma reunião emergencial com os ministérios do Planejamento e Orçamento, da Fazenda e da Educação. Querem apresentar uma conta-proposta até 3 de maio. Eis a íntegra do pedido (PDF – 498 kB).
O Poder360 entrou em contato com os respectivos ministérios, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
NOVAS PARALISAÇÕES
Ao menos 12 instituições federais devem deflagar greve a partir deste sábado (27.abr), segundo a Andes. Serão 11 universidades e 1 instituto federal. De acordo com a entidade, outras paralisações ainda devem ser anunciadas.
Leia a lista:
O movimento, iniciado em 15 de abril, pede reestruturação da carreira, recomposição do orçamento da Educação e dos reajustes salariais da categoria.
Eis outras propostas:
- reajuste do auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1.000;
- reajuste do auxílio-saúde per capita de R$ 144,38 para cerca de R$ 215;
- reajuste do auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90;
- mudanças na progressão de carreira.