O G7, composto pelas 7 economias mais desenvolvidas do mundo, pediu nesta 3ª feira (19.set.2023) à China que pressione a Rússia a parar sua ofensiva contra a Ucrânia. O pedido veio depois que os ministros das Relações Exteriores do bloco, formando por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, se reuniram à margem da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.
A declaração conjunta, divulgada por Kamikawa Yoko, chanceler do Japão, que presidiu a reunião ministerial do G7, disse que os integrantes do bloco esperam que a China pressione pela retirada imediata, completa e incondicional das tropas russas do país liderado por Volodymyr Zelensky.
“[Os integrantes do G7] saudaram a participação da China na reunião liderada pela Ucrânia em Jeddah e incentivaram ainda a China a apoiar uma paz justa e duradoura, nomeadamente através do seu diálogo direto com a Ucrânia”, disse a declaração.
O apelo do G7 se dá durante a viagem do principal diplomata da China, Wang Yi, à Rússia, onde se espera que ambas as nações fortaleçam seus laços bilaterais.
O Ministério das Relações Exteriores chinês anunciou que Wang, que lidera tanto o órgão quanto o escritório de Assuntos Exteriores do Partido Comunista, se reunirá com o Secretário do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev.
A viagem que começou na 2ª (18.set) antecede uma possível visita do presidente Vladimir Putin a Pequim em outubro. Em março, o presidente Xi Jinping convidou Putin a participar do 3º Fórum do Cinturão e Rota, que ocorrerá na capital chinesa. A presença do líder russo, que enfrenta um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional, ainda não foi oficialmente confirmada.