Por Alexandre Caverni
(Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou 1 ponto percentual para cima e agora soma 48% das intenções de voto para o segundo turno da eleição presidencial contra 42% do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que manteve o patamar da semana passada, mostrou nesta quarta-feira nova pesquisa Genial/Quaest.
Os indecisos se mantiveram em 5%, enquanto os que disseram que votarão em branco ou nulo ou que não irão votar passaram para 5%, ante 6%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Em votos válidos, que não contam os brancos e nulos e os indecisos da pesquisa, não houve alteração: Lula tem 53% contra 47% de Bolsonaro.
Quando esses dados são ponderados em relação ao grupo de eleitores com maior probabilidade de comparecer no dia da votação (modelo chamado de "likely voter"), Lula aparece com 52,1% dos votos válidos contra 47,9% de Bolsonaro, segundo a Quaest. Na semana passada, por esse modelo, o placar estava em 52,8% a 47,2%.
Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, esse tipo de modelo já é utilizado por institutos de pesquisa norte-americanos há bastante tempo. Ele argumentou que muitas pessoas afirmam que irão votar, mas acabam não votando.
Depois dos resultados oficiais do primeiro turno, os institutos de pesquisa têm sido alvo de críticas, especialmente de Bolsonaro e aliados, por terem subestimado os números do candidato à reeleição na primeira votação.
Por regiões, no modelo "likely voter", Lula segue com uma larga vantagem no Nordeste (69,9% a 30,1%), enquanto Bolsonaro tem grandes frentes no Sul (60,2% a 39,8%) e no Centro-Oeste (58,6% a 41,4%).
No Sudeste, maior colégio eleitoral do país, Bolsonaro também lidera: 53,2% a 46,8%. Nessa região, o presidente oscilou 1 ponto para cima, enquanto o petista oscilou 1 ponto para baixo.
Na região Norte, os dois estão praticamente empatados: Lula tem 50,2% e Bolsonaro soma 49,8%.
REJEIÇÃO
De acordo com o levantamento divulgado nesta quarta-feira, 92% dos eleitores de Lula disseram que seu voto é definitivo, ante 94% uma semana atrás. No caso de Bolsonaro, essa definição está em 94%, ante 97%.
No tópico rejeição, 49% disseram que não votariam em Bolsonaro, ante 46% na semana passada, enquanto 43% disseram que não votariam em Lula, a mesma taxa da pesquisa anterior.
O levantamento também apontou que 40% dos entrevistados avaliam o governo Bolsonaro de forma negativa, ante 39% no levantamento anterior, ao passo que 35% o veem positivamente, ante 36% antes. Para 23% o governo é regular, mesma patamar de uma semana atrás.
O levantamento do instituto Quaest contratado pela corretora Genial Investimentos ouviu 2.000 pessoas em entrevistas presenciais entre domingo e terça-feira.