Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, confirmou nessa sexta-feira que o partido está tentando acertar encontros do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.
A expectativa é que Lula esteja em Brasília a partir de terça-feira para esses compromissos e participar mais de perto da transição de governo, mas as agendas ainda não foram fechadas.
"O próprio presidente demonstrou interesse de ter esses encontros", destacou Gleisi entrevista coletiva após visitar as instalações do Centro Cultural Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), em Brasília, que será a sede da transição de governo.
Na segunda-feira, a equipe de transição tem uma reunião com Lula, em São Paulo, para detalhar o que acreditam que será necessário ser incluído na chamada PEC da transição, que irá abrir espaço no teto de gastos para despesas que foram cortadas do Orçamento pelo atual governo de Jair Bolsonaro e para garantir o cumprimento de promessas feitas por Lula na campanha eleitoral.
Já na terça, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, oficializado nesta sexta como coordenador da transição, começará o trabalho em Brasília.
Gleisi disse ainda que um dos pontos inegociáveis da PEC será garantir o reajuste do salário mínimo acima da inflação já em 2023, uma das promessas de campanha de Lula. O valor em si ainda está sendo calculado, mas o PT trabalha hoje com um reajuste de 1,34% acima da reposição da inflação.