O indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paulo Gonet, tomou posse como o novo procurador-geral da República na manhã desta 2ª feira (18.dez.2023). Durante o seu discurso, falou no combate à corrupção, às organizações criminosas e aos que “se dedicam em destruir os projetos vitais de convivência pacífica e democrática”.
Na cerimônia, Gonet falou em defender a democracia em mais de uma ocasião. No comando da PGR (Procuradoria Geral da República), ele terá que dar o seu parecer sobre ações espinhosas que tramitam no STF. Entre elas, os inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação a suposta participação nos atos do 8 de Janeiro e nas investigações que tratam do esquema de venda de presentes recebidos por delegações estrangeiras.
Gonet deverá ainda decidir o andamento das recomendações elaboradas pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre os atos extremistas do 8 de Janeiro. O relatório final pediu o indiciamento de 61 pessoas, dentre elas Bolsonaro, militares, ex-ministros do governo anterior e pessoas indicadas como financiadoras.
Durante a sabatina na CCJ, o escolhido de Lula se esquivou de perguntas de congressistas sobre sua opinião em relação ao inquérito das fake news. O processo tramita no STF desde 2019, e o novo PGR terá que dar um parecer.
À frente do cargo, o novo procurador poderá pedir a investigação e apresentar denúncia contra autoridades com foro privilegiado, além do próprio presidente da República. O posto terá uma posição estratégica diante de investigações envolvendo Bolsonaro e os atos extremistas de 8 de Janeiro.
Assista à íntegra do discurso de Gonet (10min39s):