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“Impossível” zerar a fila de espera do INSS, diz Lupi

Publicado 16.09.2023, 08:33
© Reuters.  “Impossível” zerar a fila de espera do INSS, diz Lupi

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse ser “impossível” zerar a fila de espera do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Em entrevista ao Estadão, publicada na 6ª feira (15.set.2023), ele reafirmou que a expectativa do governo é chegar ao final de dezembro com o prazo máximo de 45 dias para atendimento.

“Zerar a fila é impossível porque, todo mês, você tem que atender o pedido do mês e ainda resolver o que estava acumulado anteriormente”, explicou Lupi. “Eu espero que, até final de dezembro, a gente consiga atingir o prazo máximo de 45 dias.”

Em julho, o governo lançou um programa de bônus para os funcionários do INSS que colaborarem com a redução da fila de atendimento e perícias médicas no órgão. O incentivo tem duração de 9 meses, podendo ser prorrogado por mais 3 meses.

Conforme dados do instituto, os pedidos pendentes recuaram 5,7% de junho a agosto. Foram de 1,79 milhão para 1,69 milhão (até 28 de agosto). Considerando apenas os pedidos com prazo superior a 45 dias, a queda foi de 7,95%, de 1,1 milhão para 1,05 milhão no mesmo período.

Para Lupi, o ritmo de redução da fila do INSS está dentro do esperado. O ministro disse que o alto tempo de espera é uma “herança maldita” do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT). A redução da fila é uma das prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Em março, o governo federal anunciou que o teto de juros do consignado a beneficiários do INSS baixaria para 1,70% ao mês. Antes, a taxa era de 2,14%. Em meio a reclamações de bancos, no entanto, o governo reviu a decisão. No mesmo mês, o teto de juros foi fixado em 1,97%, e reduzido para 1,91% em agosto.

Lupi disse na entrevista que, com a queda da Selic, será possível chegar ao patamar desejado até o fim de 2024. “Eu acho que vou chegar lá. Sou brasileiro, não desisto nunca”, falou o ministro. “Seguindo nessa sequência de baixar taxa de juros [Selic], baixar lá, baixa aqui [no consignado]”.

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O ministro reconheceu que o anúncio da redução da taxa para 1,70% foi precipitado. “Acho que posso ter falhado na maneira de fazê-lo”. E minimizou: “Só erra quem trabalha”.

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