A inflação anual da Argentina avançou para 142,7% em novembro, maior índice em 32 anos. O aumento foi de 4,4 pontos percentuais em relação aos 138,3% registrados em setembro.
Os dados foram divulgados nesta 2ª feira (13.nov.2023) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos), 6 dias antes do 2º turno das eleições no país. O ministro da Economia, Sergio Massa (esquerda), e o candidato da direita Javier Milei disputam a Presidência da República no domingo (19.nov.2023).
A taxa mensal de outubro foi de 8,3%. Em agosto havia sido de 12,7%, a mais alta do país em 21 anos. Eis a íntegra do relatório (PDF – 1 MB, em espanhol).
Os setores de comunicação (12%) vestuário (11%) eletrodoméstico (10,7%) e bebidas (9,8)% puxaram a alta.
Com o patamar atual, a Argentina continua sendo o 2º país com maior taxa de inflação acumulada na América Latina. Só perde para a Venezuela, que também enfrenta problemas econômicos. O índice no país está em 318% ao ano.
O Brasil tem hoje uma inflação acumulada em 12 meses de 4,82%. No Chile, a taxa está em 5%.
Para controlar a alta dos preços, o BCRA (Banco Central da Argentina) elevou em agosto as taxas de juros para 118% ao ano.