A diretora de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Avril Haines, disse que autoridades de inteligência do país “não podem descartar” a possibilidade de o governo chinês usar o TikTok para influenciar as eleições norte-americanas deste ano. A declaração foi feita a legisladores na 3ª feira (12.mar.2024).
Na mesma sessão, o diretor do FBI (sigla em inglês para Departamento Federal de Investigação), Christopher Wray, declarou ser “extraordinariamente difícil de detectar” a “capacidade de conduzir operações de influência” do TikTok. “Isso que o torna um risco tão pernicioso”, afirmou.
A Câmara dos Estados Unidos aprovou na 4ª feira (13.mar) um projeto de lei que exigiria que a ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, vendesse o aplicativo ou enfrentasse proibição no país.
Em nota à CNN, um porta-voz do TikTok declarou que a plataforma implementa medidas de forma regular “contra comportamentos enganosos, incluindo redes de influência secretas em todo o mundo”. Ele afirmou que a empresa “tem sido transparente” ao denunciar publicamente essas ações maliciosas.
A empresa, diz o comunicado, protegeu a plataforma “durante mais de 150 eleições em todo o mundo e continua a trabalhar com comissões eleitorais, especialistas e profissionais de checagem de fatos para salvaguardar a comunidade durante este ano eleitoral histórico”.
O texto aprovado na Câmara ainda precisa do aval do Senado e receber a sanção do presidente dos EUA, Joe Biden, para se tornar lei.
Os legisladores norte-americanos que apoiaram o projeto afirmaram que o TikTok representa uma potencial ameaça à segurança nacional. Eles justificaram seu voto argumentando que as leis de inteligência da China poderiam ser utilizadas para obrigar a ByteDance a fornecer dados dos usuários dos EUA.