O encontro do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta 4ª feira (2.out.2024) para tratar sobre os conflitos do Oriente Médio foi marcado por trocas de farpas e discussões generalizadas entre Israel e o Irã.
A reunião foi convocada depois que Israel matou o líder do Hezbollah do Líbano, Sayyed Hassan Nasrallah, em um ataque na capital libanesa na 6ª feira (28.set). A ofensiva foi seguida pelo início da invasão terrestre israelense no Líbano e o maior ataque na história do Irã, aliado de Beirute, a Israel na 3ª feira (1º.out). As informações são da Reuters.
“Esse ciclo mortal de violência retaliatória deve parar”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, aos 15 países que fazem parte do Conselho de Segurança. Israel e Irã participaram como convidados.
“Israel se defenderá. Nós agiremos. E garanto a vocês: as consequências que o Irã enfrentará por suas ações serão muito maiores do que eles poderiam ter imaginado”, disse o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, ao conselho.
O embaixador do Irã na ONU, Amir Saied Iravani, disse que o ataque com mísseis na 3ª feira foi “para restaurar o equilíbrio” e dissuadir novos ataques que escalem o conflito.
Morte soldados
As Forças de Defesa de Israel anunciaram nesta 4ª feira (2.out) a morte de 8 soldados israelenses durante confrontos com o grupo Hezbollah ao sul do Líbano. Além das fatalidades, um oficial e 6 soldados sofreram ferimentos graves.
Maior ataque da história
O Irã lançou o 2º maior ataque da história contra Israel na 3ª feira (1º.out) em número de mísseis disparados e o maior em destruição. Foram quase 200 projéteis balísticos a uma distância de 1.585 km, que causaram mais danos que os 300 enviados por Teerã nos ataques de 13 de abril.
Isso porque, desta vez, alguns projéteis atingiram o centro e o sul do país, enquanto na investida anterior 99% deles foram interceptados antes de atingir o solo. Segundo Israel, isso aconteceu porque foram utilizados mísseis hipersônicos, que furam o Domo de Ferro israelense.