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Leite espera mais 3 meses de chuvas no RS e se aproxima de Lula

Publicado 27.09.2023, 20:02
© Reuters.  Leite espera mais 3 meses de chuvas no RS e se aproxima de Lula

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse nesta 4ª feira (27.set.2023) que os prognósticos meteorológicos para o Estado indicam mais chuvas para os próximos 3 meses até o fim do ano. Depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele declarou que não há tempo de fazer grandes obras para prevenir desastres por conta das chuvas que estão por vir. O tucano afirmou que quer se aproximar do governo federal para agir rápido na recuperação de áreas atingidas.

“1ª coisa que eu fiz, ao presidente, foi mostrar o prognóstico que a gente tem climático para o Rio Grande do Sul para os próximos 3 meses. A sala de situação, previsão de precipitação acima do esperado na média que o Estado tem de comportamento das chuvas é de termos uma primavera de chuvas intensas no Rio Grande do Sul”, afirmou.

Segundo ele, a reunião com o petista durou cerca de duas horas. Houve uma 1ª parte fechada entre os 2 e depois com a participação das equipes de ambos. Leite afirmou ainda que é preciso melhorar o monitoramento da região, porque o atual não traz detalhes que seriam essenciais para identificar exatamente onde seria mais afetado pelas chuvas.

“Além de tudo isso, temos um prognóstico de outubro, novembro e dezembro de muita chuva. Então, o que eu trago aqui ao presidente é a necessidade de nós estarmos mais do que nunca, muito próximos, governo federal, governo do Estado, assim como junto a cada um dos municípios, para enfrentar isso tudo que vem pela frente”, disse.

O governador gaúcho também pediu que o governo federal priorize o Rio Grande do Sul com um programa de alertas nos celulares da população. Seria um protótipo que interrompe outras atividades nos aparelhos. Isso ajudaria a que as pessoas acreditassem e reagissem mais rapidamente em caso de enchentes ou deslizamentos.

Em outra frente, Lula assinou uma medida provisória que operacionaliza o empréstimo de cerca de R$ 1 bilhão de bancos federais à população do Estado com juros subsidiados.

O tucano pediu que o presidente e sua equipe técnica analise a possibilidade de alterar o código florestal para permitir a construção de reservatórios de água para a irrigação das lavouras. No início do ano, o Estado foi atingido por forte estiagem que culminou na perda de parte significativa da plantação.

Nesta 4ª, alguns trechos da Orla do Guaíba, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foram invadidos pela água. O alagamento inundou áreas de passeio, de exercícios físicos e construções da margem do rio. No começo do dia, o governo havia anunciado que o Guaíba atingiria o nível de inundação “nas próximas horas”.

A Defesa Civil afirmou que o nível do Guaíba atingiu 3,17 metros por volta do meio-dia desta 4ª feira. Este é o nível mais alto desde 1941, quando Porto Alegre passou por uma enchente que levou a água a 4,75 metros.

Assista (2min14s):

A região alagou devido às chuvas causadas pela passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul nos últimos dias. Além da tempestade, a previsão do tempo para esta semana é de rajadas de vento, descargas elétricas e eventual queda de granizo.

O mau tempo segue causando estragos e mortes em diversas cidades do sul. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) informou que Porto Alegre teve o setembro mais chuvoso desde 1916. Até a última 2ª feira (25.set), o acumulado de chuva na capital registrava 385,1 milímetros. Segundo os dados, a máxima anterior se deu em 1926, com 362,7 mm.

50 mortos

De acordo com informações do último balanço da Defesa Civil, as chuvas no Rio Grande do Sul causaram a morte de 50 pessoas. Há ainda 8 pessoas desaparecidas, 5.216 desabrigadas, 22.283 desalojados e 943 feridas.

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