O lucro líquido gerencial do banco Bradesco (BVMF:BBDC4) caiu 21,2% em 2023 em relação ao ano anterior. Totalizou R$ 16,30 bilhões ante R$ 20,68 bilhões de 2022. Eis a íntegra do balanço financeiro (PDF – 327 kB).
O Bradesco registrou queda no lucro líquido pelo 2º ano seguido. Em 2022, havia recuado 21,1% em relação a 2021.
O banco aumentou as despesas com PDD (Provisão para Devedores Duvidosos), que são uma espécie de reservas para o risco de calotes. Os valores aumentam em momento de incertezas de pagamento, como a alta da inadimplência.
O banco aumentou as PDD para R$ 39,5 bilhões em 2023, com alta de 22,4% em relação a 2022.
O Bradesco disse que o ano passado foi “desafiador”, mas as iniciativas de ajustes implementadas “começaram a mostrar efeitos positivos”. A inadimplência acima de 90 dias estava em 5,7% no 2º trimestre. Caiu para 5,1% no fim de 2023. Apesar disso, ainda está acima de 2022, quando era de 4,3%.
O lucro do Bradesco no 4º trimestre foi de R$ 2,88 bilhões, com alta de 80,4% em relação ao mesmo período de 2022.
A carteira de crédito do banco somou R$ 877,3 bilhões em 2023. Caiu 1,6% em comparação com 2022 (R$ 891,9 bilhões). Para pessoa física, aumentou de R$ 361,1 bilhões para R$ 366,4 bilhões no período. Já entre pessoas jurídicas caiu de R$ 530,8 bilhões para R$ 511,9 bilhões.
A maior queda foi para micro, pequenas e médias empresas, de R$ 176,2 bilhões para R$ 167,8 bilhões (-4,8%). As grandes empresas detêm a maior parte da carteira: R$ 354,6 bilhões.