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Moraes diz que eleitores atestaram a credibilidade das urnas

Publicado 30.10.2022, 20:15
© Reuters.  Moraes diz que eleitores atestaram a credibilidade das urnas

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse, na noite deste domingo, 30, que foram os eleitores quem atestaram a credibilidade das urnas, sucessivamente atacadas nos últimos tempos. Em coletiva, o ministro afirmou ainda esperar que "cessem agressões ao sistema, aos discursos fantasiosos, notícias criminosas contra urnas".

"Quem atestou credibilidade das urnas foram eleitores e eleitoras que foram votar e confiam na Justiça", disse o ministro. "Essa etapa se encerra com vitória da democracia, sociedade, de eleitores que compareceram", complementou.

Aplaudido por autoridades que acompanharam a coletiva na Corte, Moraes disse que foi concluída uma "eleição extremamente polarizada que mostrou aumento de número de votos em candidatos", com "absoluta segurança e competência na apuração e divulgação dos resultados".

PRF e abstenção

O presidente do TSE também mencionou números de abstenção nos Estados nordestinos para reiterar que as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) não causaram prejuízos à eleição deste domingo.

"Na Bahia, onde houve mais operações, abstenção caiu de 21,33% para 20,47%", disse. "Isso demonstra que não houve prejuízos aos eleitores", disse, repetindo que todos os veículos parados pela PRF seguiram para seus destinos.

Segundo ele, o aumento na quantidade de votantes demonstra a extrema polarização deste pleito. "Mas mais importante, tanto primeiro, quanto segundo turno, tivemos eleição pacífica, tranquila, com segurança", afirmou.

Moraes registrou também que os casos serão investigados e, se ficar provado abuso de poder ou desvio de finalidade haverá responsabilização. "Nós vamos apurar a questão das operações da PRF."

Rádios

O ministro Alexandre de Moraes também afirmou que "está totalmente superado" o episódio sobre as rádios. Na semana passada, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas neste domingo, apresentou uma ação à Corte alegando privilégios ao PT pelas emissoras.

O caso foi usado para tentar emplacar a justificativa de adiamento do pleito, e chegou a ser defendido publicamente por um dos filhos do presidente, mas a retórica não foi adiante.

Rosa Weber

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, afirmou neste domingo que a Suprema Corte continuará "firme e coesa" em defesa da democracia em "qualquer circunstância". A declaração foi dada ao lado de Alexandre de Moraes, na coletiva de imprensa após a proclamação do resultado das urnas, que elegeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato, derrotando o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Rosa, que falou em "união, respeito e fortalecimento das instituições" após o pleito, parabenizou a atuação da Corte Eleitoral e de Moraes, além de dizer que, a despeito de "tempos conturbados por intensa desinformação e exacerbada polarização", as eleições transcorreram em clima de segurança. "Ao velar pela regularidade e normalidade do processo eleitoral, o TSE uma vez mais garantiu a legitimidade dos resultados", afirmou.

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