O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse nesta 2ª feira (15.jan.2024) não temer “qualquer investigação” por dizer sempre ter agido para “combater o crime”. No entanto, lamentou a abertura do inquérito autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) “sobre fatos de quase 20 anos atrás”.
O congressista afirma que a investigação é baseada “nas fantasias confusas de um criminoso condenado e sem elementos que a suportem”.
ENTENDA
Moro será investigado por um acordo de delação premiada que teria sido usado para grampear autoridades públicas e empresários. O inquérito foi aberto a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) e da PF (Polícia Federal).
O Poder360 teve acesso à petição enviada à Suprema Corte pela PGR. No documento, o órgão afirma que Moro instruiu o ex-deputado estadual e empresário Tony Garcia a monitorar juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná, protegidos por foro de prerrogativa de função. O acordo teria vindo de delação firmada com o MP (Ministério Público) em 2004.
A investigação foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do STF, em 19 de dezembro e está sob sigilo.
Segundo Tony Garcia, o pedido ainda envolveria o acompanhamento de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Na época, o empresário respondia a uma investigação sobre fraudes do Consórcio Garibaldi, do qual era sócio. Segundo ele, Moro o teria forçado a monitorar nomes que não faziam parte do caso, dentre eles suspeitos envolvidos na Lava Jato. O motivo seria a ampla rede de contatos mantida por Garcia.