O ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) afirmou, no domingo (10.set.2023), em seu perfil no X (ex-Twitter), que o “hater-gado-petista” é “tão ruim quanto o antipetismo da direita e da extrema-direita”. Segundo o ex-congressista, ele foi atacado depois de ter chamado o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), Paulo Pimenta, de “mau-caráter”.
Jean Wyllys afirmou ter sido “sabotado” por Pimenta depois de ser convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para integrar a Secretaria de Comunicação Social. A declaração foi feita ao podcast Bee40tona.
Para ele, o “hater-gado-petista” não aceita críticas aos integrantes do governo Lula“e sai atacando e difamando a pessoa exatamente como fazia o hater-gado-bolsonarista” com as críticas sobre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Qual será o próximo passo? Ameaçar de morte?”, questionou.
Ao responder uma usuária da rede social que disse que “petista filiado não deve lavar roupa suja em público”, o ex-deputado declarou: “Se o PT quiser, expulse-me”. Jean também afirmou que se o Partido dos Trabalhadores tentar silenciá-lo ou constrangê-lo, ele mesmo sairá, pois não é “gado”.
Wyllys afirmou que Lula e a primeira-dama Janja Lula da Silva sempre poderão contar com seu carinho e trabalho, mas integrante “que agir com mau-caratismo será tratado como tal”.
A internauta também disse que “chamar alguém de ‘mau caráter’ é difamação”. E questionou: “Ou será que o objetivo era esse mesmo, ser ‘atacado’ por aqueles que amigos de esquerda – menos inteligentes que você -, chamam de ‘gado petista’?”.
Em resposta, o ex-deputado afirmou que “tentar destruir um companheiro de partido usando a imprensa neoliberal antipetista para preservar acordos com um escroque como Eduardo Leite não é a melhor forma de desfazer um convite de Lula”. Ele disse que os “dois pesos, duas medidas” na avaliação da usuária do X é homofobia social.
“Mas comigo tão essa, nunca teve. Sempre apontei e vou apontar mau-caratismo onde quer que ele se manifeste, seja no golpe contra Dilma, seja na sabotagem contra mim”, declarou.
Segundo Jean Wyllys, em entrevista ao podcast, o ministro da Secom teria usado uma publicação do ex-deputado, em que criticou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para que ele fosse visto como “tóxico e radioativo” por integrantes do governo Lula.
Em 20 de julho, o governador informou que decidiu processar Wyllys por falas “preconceituosas e discriminatórias” direcionadas a ele. Os 2 discutiram em 14 de julho por causa do Pecim (Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares), encerrado por Lula.
Ao anunciar que manteria escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul, Leite foi respondido pelo ex-congressista, que disse esperar a atitude de “governadores héteros de direita e extrema-direita”, e não “de um gay”. Wyllys completou: “Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico, então… Tá feio, bee [sic]!”.