A Índia pediu que o Canadá retire 41 dos 62 diplomatas canadenses que atuam na embaixada do país norte-americano em Nova Delhi. As informações são do Financial Times.
Os diplomatas devem ser repatriados até 10 de outubro. Depois desta data, representantes que permanecerem na Índia podem perder a imunidade diplomática.
Segundo o jornal britânico, a medida se deu porque a Índia busca uma paridade na presença de diplomatas nos países. A nação asiática afirma que há mais representantes canadenses na Índia do que indianos no Canadá.
A reportagem afirma ainda que a decisão pode estar ligada à morte do líder religioso sikh Hardeep Singh Nijjar, 45 anos. Ele foi morto a tiros na cidade canadense de Surrey, próximo de Vancouver, por 2 homens mascarados em 18 de junho de 2023.
Nijjar defendia a criação de uma nação independente sikh, minoria étnico-religiosa da Índia. Chamada de Calistão, o país abrangeria parte do Estado indiano de Punjab.
No entanto, o movimento separatista é proibido na Índia e os grupos adeptos são considerados organizações criminosas pelo governo indiano. O nome de Nijjar aparece na lista de terroristas do Ministério do Interior da Índia.
O caso levou a uma tensão diplomática entre os países depois que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse, em 18 de setembro, que o país estava investigando uma possível conexão da Índia com o assassinato.
“Ao longo das últimas semanas, as agências de segurança canadenses têm perseguido ativamente alegações credíveis de uma ligação potencial entre agentes do governo da Índia e o assassinato do cidadão canadense Hardeep Singh Nijjar”, afirmou na época.
Depois das declarações de Trudeau, o governo canadense expulsou um diplomata indiano do país. A Índia também expulsou um diplomata do Canadá e suspendeu a emissão de novos vistos para canadenses.