Agência Brasil - O ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse nesta quarta-feira (5), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que deixou o cargo após verificar que não teria autonomia para conduzir a pasta.
O ex-ministro, que é médico oncologista, disse que não era de seu conhecimento que o Exército produziu cloroquina para o tratamento de covid-19 e que sua orientação foi contrária ao uso do medicamento, que poderia apresentar “efeitos colaterais”. Conforme estudos, não há eficácia científica para o uso do medicamento no combate à covid-19.
O ex-ministro ficou apenas um mês no cargo, entre abril e maio de 2020, e disse na CPI que sua saída ocorreu por um “entendimento diferente do presidente [Jair Bolsonaro]”.
Depoimentos
Ontem o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta foi ouvido na CPI. Na quinta-feira (6) será a vez do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. O ex-ministro Eduardo Pazuello deve prestar depoimento no dia 19 de maio.