O ato na Avenida Paulista convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu neste domingo, 25, três declarados pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo. Além do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que deve ter o ex-chefe do Executivo federal em seu palanque à reeleição, a economista Marina Helena (Novo) e o ex-candidato à Presidência Padre Kelmon (PRD) estiveram no evento.
Nunes não só compareceu ao ato como encontrou Bolsonaro horas antes da manifestação, com afagos e cumprimentos. O prefeito, ao confirmar no último dia 16 que participaria do ato, afirmou ter "gratidão" ao ex-presidente. "(Bolsonaro) Deve me apoiar, portanto, evidentemente, eu preciso ser solidário e parceiro", disse. Neste domingo, ele não discursou e teve presença discreta no carro de som.
A participação de Nunes no ato esteve na pauta do MDB desde que Bolsonaro chamou a manifestação. Interlocutores do partido ouvidos pelo Estadão avaliavam que, comparecendo à passeata, Nunes nacionalizaria a eleição paulistana, desvirtuando o debate sobre as realizações locais.
Com a presença na Paulista, Marina Helena reafirmou apoio a Bolsonaro na tentativa de mostrar ao eleitorado sua ligação com o ex-presidente. Durante a gestão dele, a pré-candidata à Prefeitura foi diretora da Secretaria Especial de Desestatização, órgão do Ministério da Economia, então comandado por Paulo Guedes.
Kelmon é presidente do Foro do Brasil, fundado em meados de 2023 e considerado por seus integrantes como a alternativa à direita do Foro de São Paulo. Apesar de se afirmar como pré-candidato pelo PRD, a pré-campanha passa por um impasse. A sigla reagiu à declaração de Kelmon se propondo como pré-candidato. Os dirigentes afirmaram que não foram consultados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.