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Popularidade de Bolsonaro atinge maior patamar desde março de 2019, diz XP/Ipespe

Publicado 17.08.2020, 16:02
© Reuters.

Por Ana Julia Mezzadri

Investing.com - A popularidade do presidente Jair Bolsonaro atingiu o maior número desde março de 2019, segundo pesquisa XP/Ipespe de agosto divulgada nesta segunda-feira (17). Entre os entrevistados, 37% avaliam o governo do presidente como bom/ótimo, contra 30% registrados em julho, e 37% como ruim/péssimo, ante 45% anteriormente.

A pesquisa mostra continuidade na recuperação da popularidade do presidente desde a pesquisa de 18 de maio, quando o governo de Bolsonaro recebeu o maior percentual de avaliação ruim/péssima (50%), e o menor nível de avaliação ótimo/bom (23%).

Segundo o instituto, a melhora na avaliação vem de famílias com renda até 5 salários mínimos, população que se concentra os que requisitaram o auxílio emergencial de R$600 pagos pelo governo para auxiliar os mais vulneráveis durante a pandemia. Entre os entrevistados com renda de até 2 salários mínimos, a aprovação subiu de 28% para 34%, e avançou de 32% para 44% entre as pessoas que recebem entre 2 a 5 salários mínimos.

Além disso, pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19 em março a expectativa para o restante do mandato é majoritariamente positiva. Essa é a avaliação de 37% dos entrevistados, alta de 4 pontos percentuais em relação a julho. Enquanto 36% tem uma percepção negativa para o restante do governo Bolsonaro, queda de 7 pontos percentuais.

A percepção de que a responsabilidade pela situação atual da economia é de Jair Bolsonaro se manteve em 19%, cujo pico foi na pesquisa de junho, quando 24% responsabilizam o presidente pela queda da atividade econômica. Já 35% acreditam ser responsabilidade dos governos do PT, também mesmo patamar da pesquisa anterior

Ainda em relação à economia, diminui a ideia de que ela esteja caminhando na direção errada (de 52% para 46%), enquanto aumentou a parcela que considera que esteja no caminho certo, de 33% para 38%.

Entre os consultados, 52% acreditam que têm chance de manter o emprego nos próximos seis meses, contra 46% na pesquisa anterior, como também caiu para 24%, ante 32%, o percentual que acredita que suas dívidas vão aumentar. 

Sobre o combate ao coronavírus, 50% desaprovam a maneira como Bolsonaro enfrenta a pandemia. Esta avaliação é pior do que a dos governadores: 38% consideram a performance destes ótima/boa e 33% consideram regular. Nesse sentido, 70% concorda em manter o auxílio emergencial de R$ 600 até o final deste ano.

A pesquisa traz ainda dados sobre a avaliação dos governadores de maneira geral, com queda de 36% para 33% entre os entrevistados que consideram as gestões estaduais ótimas/boas. Os piores índices são os do Sudeste, onde governam os dois representantes que mais têm conflito com o presidente, João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ).

Em relação ao Congresso, a avaliação segue estável, com 14% classificando-o como bom/ótimo, 43% regular e 37% ruim/péssimo, com 50% dos entrevistados acreditando que o desempenho do Congresso vai se manter igual.

A pesquisa realizou 1.000 entrevistas de amostragem nacional entre 13 e 15 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

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