O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta 2ª feira (11.mar.2024) que a abstenção do presidente da Petrobras (BVMF:PETR4), Jean Paul Prates, na votação do Conselho de Administração da petroleira sobre a distribuição de dividendos foi uma decisão política para não se indispor com a diretoria executiva da companhia.
Em conversa com jornalistas no Ministério de Minas e Energia, Silveira declarou que Prates sabia que a posição do governo de não distribuir dividendos extraordinários –pagamento extra que as empresas fazem aos seus investidores– sairia vencedora do conselho, mas decidiu não ir contra a sugestão da diretoria executiva por uma distribuição maior do provento.
A divisão pressionou a posição de Prates à frente da petroleira. A abstenção do voto do presidente a favor do governo deu a entender em alguns círculos que Prates estaria mais ao lado do mercado do que do governo. Mas Silveira disse que a demissão nunca foi colocada na mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que a sugestão da diretoria-executiva de distribuir os dividendos pode ser tomada em outro momento.
“Ele é o líder de uma diretoria executiva e o resultado já estava consolidado. Então ele entendeu por bem estar junto com seus liderados na sugestão dada pela diretoria executiva, que o conselho entendeu que em um outro momento, não esse, pode ser a decisão que o conselho acompanha. Mas o conselho entendeu que deve ser mais conservador”, disse Silveira.