O governador Rodrigo Garcia (PSDB) foi ao Aeroporto de Congonhas na tarde desta terça-feira, 4, para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e anunciar seu ‘apoio incondicional’ à reeleição do atual chefe do Executivo. O encontro ocorreu após negociações para celebrar a adesão do tucano à campanha do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que saiu à frente nas urnas no primeiro turno.
"Esse apoio do Rodrigo é muito bem-vindo, agradeço de coração a ele. Ele já tinha um amigo e vai ter um melhor amigo ainda para propostas que ele porventura queira sugerir para o nosso governo. Porque o governo não é uma pessoa só, são várias", disse Bolsonaro.
Apesar da articulação intensa nos bastidores, Tarcísio disse a jornalistas nesta manhã que "não faz sentido" estar no mesmo palanque de Garcia no Estado", embora conte com o apoio do PSDB.
Auxiliares do governador disseram que Garcia ficou incomodado com a declaração de Tarcísio, feita minutos antes de Ciro Nogueira, que também é presidente do PP, chegar ao Palácio dos Bandeirantes para fazer os acertos finais do apoio do tucano ao presidente Jair Bolsonaro no 2° turno das eleições
"Vamos estar no palanque juntos? Não. Mas vamos ter adesões do PSDB porque faz sentido", afirmou Tarcísio à imprensa sobre Garcia em reunião que confirmou a adesão do PP à sua candidatura. "Eu preguei mudança o tempo todo e não faz sentido estar com eles no palanque. Mas eles têm capilaridade, têm boas políticas que tem que ser preservadas", disse.
Tarcísio afirmou, porém, que contará com adesão de tucanos em função da convergência de linhas programáticas, especialmente antiPT. "Vamos ter continuidade de boas políticas públicas e vamos dar modernidade e velocidade que o Estado requer. O Estado cansou da gestão PSDB. E a gente representa novidade", enfatizou.