O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira, 20, que o governo federal deveria ter apoiado a criação da CPMI sobre os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro desde o início e afirmou que a comissão deve ser instalada no próximo dia 26.
Os parlamentares da base do governo estavam atuando contra a criação da CPMI, mas mudaram de posição após a revelação de que o General Gonçalves Dias, do GSI, esteve no Palácio do Planalto e teria confraternizado com os vândalos.
"O governo devia ter tido essa postura (de defender a CPMI) desde o início. Eu disse desde o início que era legítimo o parlamento fazer as investigações. O governo se colocou contra em um primeiro momento", afirmou Pacheco em Londres, após fazer uma palestra para empresários do Lide Brazil Conference.
Um dia depois de líderes do governo pedirem o adiamento da sessão do Congresso que faria a leitura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas - capitaneada por parlamentares do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - deputados da própria base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mudaram de posição.
Eles passaram a defender a instalação da CPMI logo após a aparição das imagens de que o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Edson Gonçalves Dias, teria facilitado o trânsito de vândalos no Palácio do Planalto durante os protestos de 8 de janeiro. O ministro pediu exoneração do cargo.