O diretor-geral da Binance no Brasil, Guilherme Haddad Nazar, que também é sobrinho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi convocado para prestar depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das criptomoedas na 3ª feira (12.set.2023).
A empresa representada por Nazar é uma das maiores corretoras de criptoativos do mundo. A Comissão quer ouvi-lo a respeito da sua relação com a representante B Fintech e sobre possíveis parcerias com empresas nacionais envolvidas em serviços financeiros associados às criptomoedas, segundo documento de convocação protocolado pelo deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Eis a íntegra (PDF – 383 kB).
O pedido foi oficializado em 19 de junho, menos de 1 semana depois da instalação da CPI. Na justificativa, Gaspar menciona o envolvimento da empresa em polêmicas com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que “reabriu um processo administrativo contra a Binance, citando nominalmente sua representante no Brasil, a B Fintech, por suposta oferta irregular de derivativos no país”.
Sua oitiva na Câmara dos Deputados está prevista para às 14h. Também foram convocados o líder do grupo Valquíria (que busca recuperar valores perdidos), Matheus Ferreira de Abreu, e o presidente da empresa Hotel Urbano, João Ricardo Mendes.
Outros envolvidos com negócios de criptomoedas já forma ouvidos pela Comissão, como Glaidson dos Santos, também conhecido como Faraó das Bitcoins, acusado de montar uma pirâmide financeira disfarçada de investimento em bitcoins.
O último destaque da CPI foi o depoimento do jogador de futebol, Ronaldinho Gaúcho, que compareceu à sessão em 31 de agosto, convocado para falar como testemunha sobre a empresa 18K Ronaldinho, suspeita de fraudes com investimentos em criptomoedas.