Terceira colocada nas pesquisas de intenção de voto à Prefeitura de São Paulo, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) revelou em entrevista à Rádio Eldorado nesta segunda-feira, 29, que tanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) como o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) a procuraram para propor alguma espécie de acordo para a disputa pelo comando da capital paulista.
"Tanto o Nunes quanto o Boulos já tentaram me convencer inúmeras vezes a sentar para conversar, mas não acho que esse jogo combinado seja honesto com as pessoas", disse a pré-candidata após ser questionada sobre a sua relação com adversários. "'Ah, vamos combinar o jogo porque você me apoia no segundo turno'. Comigo, não. Tô aqui porque considero que o meu projeto é melhor, porque acho que vou para o segundo turno", completou.
O Estadão procurou a assessoria do prefeito Ricardo Nunes, mas não obteve retorno até o memento. A equipe do depurado Guilherme Boulos também foi procurada e disse que não se manifestaria sobre a declaração de Tabata.
Na entrevista, a parlamentar também argumentou que discorda da ideia de que a eleição municipal em São Paulo será uma repetição da disputa pela Presidência da República vista em 2022. Para ela, a vitória de Bruno Covas (PSDB) em 2020 demonstra que a capital pode superar a polarização entre esquerda e direita. Covas conquistou a eleição sem o apoio do então presidente Jair Bolsonaro (PL) ou do agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na conversa com a Rádio Eldorado, a deputada também disse que as tratativas com o PSDB para receber apoio nas eleições municipais deste ano estão "muito avançadas". Se o acordo se concretizar, os tucanos serão encarregados de indicar o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pela pessebista.