O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta 2ª feira (25.set.2023) que não quer ser candidato à Presidência da República em 2026. Em evento realizado pelo Grupo Lide em São Paulo, ele ainda afirmou que os Estados do Sul e do Sudeste devem escolher um candidato em comum representando a direita.
“Eu estarei colaborando, sim, mas quero muito apoiar alguém, não quero ser o nome“, declarou.
Zema afirmou que deve apoiar uma candidatura única endossada pelo Cosud (Consórcio Sul e Sudeste) e que a iniciativa visa a unir “todos” da direita. “Se tiver 2 ou 3 candidatos, com toda certeza você vai ter menos chances de ser bem-sucedido numa eleição. Espero que até lá todas essas rusgas sejam eliminadas para que haja um trabalho mais cooperativo“, disse.
O governador foi um forte apoiador de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018 e de 2022, mas citou discordâncias com a condução política do ex-presidente. “[Em] Minas Gerais, apesar de nós termos 320 mil funcionários públicos, eu não tenho nenhum parente [na máquina]. Então, também temos aí uma diferença. Eu [acho que é] família para lá, negócios [e] carreiras para cá“, declarou.
Quando questionado sobre a possibilidade do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ser o nome da direita em 2026, Zema disse que apoiará o candidato mais competitivo, escolhido pelo Cosud. O grupo recebeu críticas depois de o próprio chefe do Executivo mineiro ter dado declarações consideradas xenofóbicas e separatistas ao falar da participação do Nordeste nas eleições.
Zema também usou sua fala no evento desta 2ª para fazer críticas às administrações petistas em Minas Gerais e no governo federal. Disse que é contra políticas de fomento, como auxílios e bolsas, e defendeu a iniciativa privada para impulsionar empregos.