SÃO PAULO (Reuters) - O BV (ex-Banco Votorantim) teve lucro de 1,37 bilhão de reais em 2019, um aumento de 29,1% em relação ao ano anterior, enquanto a instituição controlada pelo Grupo Votorantim e pelo Banco do Brasil (SA:BBAS3) pavimenta caminho para uma listagem em bolsa.
No último trimestre de 2019, o lucro líquido do BV foi de 327 milhões de reais, alta de 16,1% no comparativo anual. O banco fechou 2019 com uma rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 14%, alta de 2,5 pontos percentuais sobre o desempenho de 2018.
O resultado mostra como o BV vem gradualmente recuperando indicadores de rentabilidade, após ter sofrido os efeitos de uma crise no mercado de financiamento automotivo e para empresas, há cerca de uma década, o que o fez passar anos entre prejuízo e baixa lucratividade.
Nos últimos anos, o BV tem feito parcerias me nichos de negócios pouco explorados por grandes bancos do país, como financiamento estudantil e para instalação de energia eólica, além de fornecer funding para empréstimos de fintechs, incluindo Banco Neon e GuiaBolso.
Além disso, a recuperação do setor automotivo rendeu ao BV uma aceleração dos empréstimos para compra de veículos ajudou a liderar um crescimento de 10% da carteira de crédito, que fechou o ano em 66,3 bilhões de reais.
"Nosso foco é manter um resultado consistente", disse à Reuters o presidente-executivo do BV, Gabriel Ferreira, que assumiu no final do ano passado, tendo entre outras missões a de preparar o banco para a listagem em bolsa.
"Estamos deixando a companhia pronta para o IPO", disse o executivo, sem no entanto detalhar quando isso pode acontecer.
(Por Aluísio Alves)