SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tinha uma sessão de alguma volatilidade nesta quinta-feira e, com operadores citando fluxos relevantes de divisa, tanto de entrada quanto de saída, além da alta expressiva dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos para justificar o movimento.
Às 11h56, a moeda norte-americana tinha leve queda de 0,12 por cento, a 3,1994 reais na venda, após chegar a cair 0,96 por cento na mínima e subir 0,66 por cento na máxima.
Diversos operadores consultados pela Reuters citaram operações cambiais relevantes para explicar o sobe e desce da divisa ao longo da manhã. Era unânime, no entanto, a opinião de que o impacto dessas transações foi exacerbado pela elevada volatilidade que vem permeando o mercado nas últimas sessões, reforçada pela decisão do Banco Central de não renovar seu programa de intervenções diárias.
Segundo eles, a alta dos rendimentos dos Treasuries, que tende a atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em outros mercados, também sustentava as cotações do dólar em relação a uma série de moedas, lideradas pelo euro.
"O mercado está muito volátil e os investidores não têm segurança para trabalhar no longo prazo. Então você acaba tendo isso, um mercado imprevisível", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nesta manhã, o BC brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume equivalente a 97,8 milhões de dólares. Foram vendidos 1.200 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 800 para 1º de março de 2016.
O BC também vendeu a oferta total de até 7,4 mil swaps cambiais na rolagem dos contratos que vencem em 1º de abril. Ao todo, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 6,389 bilhões de dólares, ou cerca de 68 por cento do lote total, correspondente a 9,964 bilhões de dólares.
(Por Bruno Federowski)