Investing.com - O Ibovespa futuro abre o dia em alta de 0,28% após fechar em queda de 0,9% na sessão de ontem, aguardando a divulgação do relatório de emprego de abril nos EUA, assim como novidades a respeito da tramitação da reforma da Previdência no Congresso. O dólar inicia a sessão estável, com queda de apenas 0,10% a R$ 3,9604.
A avaliação da percepção de risco sobre o preço dos ativos será influenciada nesta sexta-feira pela divulgação do relatório de emprego de abril nos EUA, o payroll. Expectativa do mercado é manutenção do ritmo forte de contratação no mês passado com aumento constante dos salários dos trabalhadores. A criação de vagas de trabalho provavelmente chegou a 185 mil no mês passado, após abertura de 196 mil postos em março, de acordo com pesquisa da Reuters.
O aumento de vagas esperado em abril ficaria próximo da média mensal de 180 mil no primeiro trimestre e bem acima das cerca de 100 mil necessárias por mês para acompanhar o crescimento da população em idade de trabalho. O resultado indica crescimento econômico sólido com pressões inflacionárias moderadas, o que deve sustentar a decisão do Fed na quarta-feira de manter a taxa de juros, além de continuar com a sinalização de que não deve alterar a trajetória da política monetária nas próximas reuniões do ano.
No Brasil, o IBGE divulga a produção industrial do país de março. A projeção dos analistas não é otimista, com queda de 0,7% em relação a fevereiro, após alta de 0,7% em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, projeta-se que a produção da indústria tenha caído 4,6%, após subir 2% em fevereiro comparado com o mesmo mês em 2018. No entanto, a queda em março foi de 1,3% ante fevereiro e 6,1% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Totvs
A Totvs (SA:TOTS3)confirmou, por meio de fato relevante publicado na quinta-feira à noite, que vai ao mercado captar por volta de R$ 1 bilhão, confirmando informação veiculada antes no site Brazil Journal. A empresa de tecnologia informou que tem a intenção de recursos para execução de seu plano de negócios, com a possibilidade de a captação ser realizada por meio de oferta pública de ações, sem entrar em detalhes.
Itaú Unibanco (SA:ITUB4)
O Itaú Unibanco divulgou resultado do primeiro trimestre do ano após o fechamento do mercado na quinta-feira a noite. O banco superou o consenso e registrou lucro de R$ 6,8 bilhões, alta de 7,1% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido, que mede como os bancos remuneram o capital de seus acionistas, atingiu 23,6%, aumento de 1,4 ponto percentual no comparativo anual e superior ao dos rivais Bradesco (SA:BBDC4) e Santander Brasil (SA:SANB11) no período. Executivos do Itaú Unibanco discutem os resultados do primeiro trimestre em teleconferência com analistas e investidores na manhã de sexta-feira.
O banco também divulgou na noite de ontem a projeção para 2019, que deve ser novamente liderado pela redução de despesas. O maior banco privado da América Latina revisou a previsão para a chamada despesa não decorrente de juros, do intervalo de 5 a 8% para 3 a 6%. No primeiro trimestre, a despesa nessa linha somou 12,15 bilhões de reais, alta de 4,1% ante mesma etapa de 2018.
IRB (SA:IRBR3)
O IRB, que estreia na nova composição do Ibovespa a partir de segunda-feira, publicou seu balanço do primeiro trimestre após o pregão de quinta-feira. A empresa de resseguros obteve um lucro líquido atribuído a controladores de R$ 350,4 milhões, alta de 38% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, houve uma queda de 6% em comparação ao último trimestre de 2018.
A principal linha de receita, os prêmios emitidos, somou R$ 1,763 bilhão, alta de 26,2% ante mesmo período de 2018. O índice de despesa administrativa atingiu 4,2% dos prêmios ganhos no período, um ponto percentual menor em comparação ao primeiro trimestre do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) foi de 38%.
Concorrência pelos slots da Avianca
O Valor Econômico informa que Azul (SA:AZUL4), Gol (SA:GOLL4) e Latam estão habilitadas para participação do leilão de sete unidades produtivas isoladas (UPIs) da Avianca, que está em recuperação judicial. As três aéreas entregaram documentação que atesta capacidade de participar do certame, que será realizado em 7 de maio. Os direitos de pousos e decolagens (slots) da Avianca em Congonhas para fazer a ponte-aérea Rio-São Paulo são o principal alvo da disputa.
A Azul afirma que não tem interesse em participar do leilão, mas está habilitada a participar caso mude de ideia. A empresa havia proposto, em fevereiro, adquirir todos os direitos de decolagem da Avianca nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont. A proposta de US$ 105 milhões incluía até 28 aeronaves e parte do quadro de funcionários. No entanto, a proposta do fundo Elliot Management, maior credor da Avianca, de dividir a empresa em recuperação judicial em sete empresas (UPIs), com avaliação mínima de US$ 70 milhões cada, teve aval de Gol e Latam, o que desagradou a Azul.