Money Times - A administração do Magazine Luiza (SA:MGLU3) se reuniu com investidores e analistas na última sexta-feira (14) para apresentar os seus novos projetos, além dos planos para prosseguir com o forte “momentum” visto nos últimos dois anos. As ações da varejista acumulam uma valorização de 110% apensas em 2018.
O analista do Itaú BBA Thiago Macruz esteve presente no evento e destacou que o foco do omnichannel (multicanalidade) da empresa mudou para se tornar uma plataforma de comércio completo, e além disso, uma expansão da Malha Luiza, para impulsionar a entrega expressa, será um dos principais objetivos em 2019.
Segundo ele, na visão do CEO Frederico Trajano, as carteiras digitais da companhia não decolarão, a menos que o sistema bancário aberto se torne uma realidade no Brasil, destacando que ficou intrigado pois percebe que a empresa pode estar apenas esperando pelo momento certo para fazer um movimento mais assertivo no segmento de tecnologia financeira.
Macruz mantém a recomendação em market perform (desempenho em linha com a média do mercado) porém atualiza o preço justo da companhia para R$ 171,00 para o final de 2019.
Para os analistas Richard Cathcart e Flávia Meireles do Bradesco BBI, a varejista está apenas no começo e que ” o grande crescimento ainda está por vir”.
“A partir de 2019 a companhia passa para um ciclo “plataforma”, ou seja, com ênfase em impulsionar o uso da plataforma da Magazine Luiza dentre terceiros (marketplace), e fazendo com que tal plataforma se torne cada vez mais relevante para ter uma maior quantidade de clientes (pagamentos, marketplace, super app e etc), destacam.
Para eles, o Magazine Luiza mostrou muitos progressos sendo realizados em diferentes frentes do negócio, o que está posicionando a companhia para estar dentre os vencedores lucrativos de longo prazo no setor de e-commerce no Brasil.
“Estamos otimistas de que a Magazine ainda tem um longo caminho de crescimento lucrativo pela frente, e tal oportunidade está sendo abordada com estratégias sustentáveis. A nossa única preocupação, no entanto, é o valuation, já que as ações estão sendo negociadas com um múltiplo P/L (Preço sobre Lucro) de cerca de 50 vezes para 2019, o que nos leva a uma recomendação Neutra”, pontuam.
Por Money Times