DUESSELDORF/FRANKFURT (Reuters) - Acionistas do grupo industrial alemão Thyssenkrupp estão pedindo que o grupo feche este ano um acordo com a indiana Tata Steel para a fusão de suas operações de produção de aço na Europa, alertando que o fracasso em fechar o negócio pode prejudicar sua credibilidade.
As negociações entre as duas companhias para uma potencial combinação se arrastam por um ano e meio, principalmente devido a longas discussões para reduzir a responsabilidade da Tata Steel sobre aposentadorias no Reino Unido que foram encerradas com um acordo no mês passado.
Uma fonte próxima do processo afirmou que uma análise dos números das empresas (due diligence) deve começar em outubro, após eleições gerais na Alemanha. Negociações subsequentes devem levar ainda vários meses.
"Um colapso das negociações seria muito negativo para Hiesinger. Ele tem trabalhado no acordo por um longo período", disse o gestor de recursos da Union Invesment Ingo Speich, referindo-se ao presidente-executivo do grupo alemão, Heinrich Hiesinger.
"A incerteza pesa sobre o preço da ação. Um acordo rápido seria muito útil."
A Thyssenkrupp - na qual a Union Investment é um dos 20 maiores acionistas com mais de 45 milhões de euros (54 milhões de dólares) em ações - viu as suas ações terem um desempenho superior ao dos principais papéis alemães até agora no ano.
Os investidores apostam que as ações vão subir ainda mais se um acordo for fechado.
"Todo mundo espera que um acordo está vindo. Se isso não acontecer, será uma decepção", disse um dos 10 principais acionistas da ThyssenKrupp pedindo para não ser identificado.
Hiesinger defende a formação de uma joint-venture para reduzir a exposição da ThyssenKrupp ao volátil setor siderúrgico. O executivo tem agremiado apoio para uma união com a Tata junto a investidores, mas acumulado reclamações de sindicalistas, que temem demissões.
(Por Tom Käckenhoff e Christoph Steitz)