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Ações - Mercado futuro dos EUA cai com Trump aumentando tom de guerra comercial

Publicado 25.06.2018, 07:50
© Reuters.  Mercado futuro dos EUA aponta para abertura em baixa, queda de três dígitos no Dow em meio a tensões comerciais
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Investing.com - O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em forte baixa nesta segunda-feira, com o Dow preparado para um declínio de três dígitos depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu um aviso aos parceiros comerciais dos Estados Unidos no dia anterior, pedindo a outros países que pusessem fim a todas as barreiras comerciais ou eles enfrentariam uma nova rodada de medidas de retaliação.

O blue chip futuros do Dow caía 209 pontos, ou 0,85%, às 07h43, os futuros do S&P 500 perdiam 19 pontos, ou 0,70%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 77 pontos ou 1,07%.

Após a ameaça de Trump na última sexta-feira de impor uma tarifa de 20% sobre veículos importados da Europa, o presidente enfatizou a necessidade de outros países removerem suas barreiras comerciais ou enfrentarem retaliação.

Trump insistiu via Twitter no domingo que "todos os países que colocaram barreiras artificiais ao comércio e tarifas sobre bens que entram em seu país (devem) remover essas barreiras e tarifas ou irão receber mais do que a reciprocidade".

Colocando lenha na fogueira, o presidente Trump pretende impedir que muitas empresas chinesas invistam em tecnologia dos EUA e, assim, bloquear exportações adicionais de tecnologia para a China, citaram pessoas a par do assunto segundo uma matéria do The Wall Street Journal no domingo à noite.

Segundo a matéria, o Departamento do Tesouro do país está elaborando regras para impedir que empresas com pelo menos 25% de propriedade chinesa comprem empresas envolvidas em "tecnologia industrialmente significativa", disse o WSJ.

Além disso, o Conselho de Segurança Nacional e o Departamento de Comércio também estão elaborando planos para controles mais rígidos de exportação que não permitirão que "tecnologia industrialmente significativa" seja exportada para a China, acrescentou o jornal.

O WSJ informou que as duas medidas estão programadas para serem anunciadas até o final da semana e visam combater a estratégia de Pequim "Made in China 2025", uma iniciativa chinesa para que o país seja líder global em tecnologia.

Fora do nervosismo do comércio, participantes do mercado enfrentam uma sessão morosa em termos de dados econômicos nesta segunda-feira. O foco estará sobre as vendas de imóveis novos em maio, às 11h00, embora alguma atenção também seja dada para o índice da atividade nacional do Fed de Chicago relativo a maio e o índice de empresas de manufatura do Fed de Dallas relativo a junho.

O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,13% para 94,31 às 07h45, flutuando abaixo da máxima de 11 meses de 95,22 que foi atingida no início da semana passada.

Enquanto isso, os preços do petróleo estavam em diferentes direções nesta segunda-feira, já que investidores de energia continuavam a reagir à decisão tomada na semana passada pelos grandes produtores de começarem a produzir mais petróleo bruto para compensar as perdas na produção global.

Os contratos futuros de petróleo Brent tinham perdas de US$ 1,26, ou 1,7%, e eram negociados a US$ 74,06 o barril às 07h48, ao passo que os contratos futuros de petróleo dos EUA recuavam US$ 0,11, ou 0,2%, para US$ 68,47 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York.

A queda ocorria após as duas referências terem tido seu melhor dia desde o final de 2016 na sexta-feira, com ganhos de 3,4% e 4,6%, respectivamente, depois que produtores da Opep e externos à organização concordaram com um aumento modesto na produção a partir do próximo mês, sem anunciar uma meta clara para o aumento da produção. A Arábia Saudita, líder efetivo da Opep, disse no sábado que a medida se traduziria em um aumento nominal de produção de cerca de 1 milhão de barris por dia.

Do outro lado do Atlântico, mercados europeus estavam sob pressão, já que montadoras de automóveis e mineradoras, setores vistos como os mais vulneráveis em uma guerra comercial, lideravam as perdas. Dados divulgados na segunda-feira também mostraram que a confiança dos empresários alemães caiu em junho para o menor nível em mais de um ano, sugerindo que os ânimos entre os executivos de empresas na maior economia da Europa estão diminuindo conforme as tensões da guerra comercial aumentam.

Mais cedo, os mercados chineses lideraram a perdas na Ásia, com os principais mercados da região fechando em queda acentuada, já que investidores aguardam a próxima rodada de negociação de tarifas comerciais com os EUA.

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