Money Times - Não que Donald Trump seja visto como um “santo” após se divorciar três vezes e entrar em rota de colisão com o próprio Papa Francisco, mas as ações ligadas às ações “católicas” têm superado de longe os papéis de empresas ligadas ao “vício” humano na Bolsa. Conforme argumenta o The Wall Street Journal, o desempenho dos dois produtos mostra a grande divisão vista no mercado desde a chegada do novo ocupante da Casa Branca.
Vamos aos números. O “Fundo de Valores Católicos” conseguiu 9,6% desde a eleição, incluindo dividendos, com o melhor desempenho entre novembro e dezembro. Já o “Fundo do Vício”, que se especializa em investimentos ligados ao álcool, tabaco, armas e jogos, subiu apenas 1,7% e ficou muito abaixo da média do mercado. Porém, como lembra o WSJ, o fundo não perdeu porque o “pecado está saindo da moda”, mas por conta da economia.
E, da mesma forma, a subida dos papéis politicamente corretos também não foi um triunfo da ética no país (de fato, o portfólio não investe em empresas ligadas ao aborto, células-tronco, pornografia, armas e trabalho infantil). O jornal explica que o fundo está indo bem porque se posicionou para uma retomada da economia em papéis de pequenas e médias empresas, que são as que mais ganharam recentemente. Já o fundo do “vício”, apesar de apostar em companhias com receitas garantidas, não capturou a mudança e estratégia dos investidores buscando absorver o crescimento.
O pecado, entretanto, tem vencido historicamente. São empresas que atuam em setores já bem estabelecidos, com receitas garantidas, e conseguem retornos médios estáveis ao longo do tempo. Elas também são conhecidas por muitos como “defensivas”, o que tende a pagar um prêmio no mercado.