A Boeing (NYSE:BA) confirmou que encontrou um defeito em seu avião 737 Max, o que fez suas ações operarem em queda antes da abertura dos mercados em Nova York, nesta quinta-feira 24. Às 9h15 de Brasília, os papéis da companhia recuavam 2%, negociados a US$ 224,09.
O problema foi relatado pelo site Air Current, segundo o qual o defeito estava relacionado à peça de pressão traseira do avião, que é fabricada pela Spirit AeroSystems (NYSE:SPR).
A Spirit declarou, em comunicado, que o defeito afetou apenas algumas unidades do 737 Max, pois a peça de pressão traseira é produzida por diferentes fornecedores. A empresa afirmou ainda que continuará entregando as unidades para a Boeing e que já fez mudanças em seu processo de fabricação para resolver o problema.
Em reação às notícias, as ações da Spirit registravam queda de 6,4%.
Os novos acontecimentos aumentam as dúvidas sobre a capacidade da Boeing de cumprir sua meta de entregas para o 737.
“A Spirit fez mudanças em seu processo de fabricação para resolver esse problema. Estamos trabalhando em conjunto com nosso cliente para identificar e consertar quaisquer unidades afetadas na linha de produção. Com base no que sabemos até agora, achamos que esse problema não vai ter um impacto significativo na nossa previsão de entregas para o ano”, completou a Spirit em uma nota.
Os analistas do Citi acreditam que a empresa deve explicar os impactos financeiros de curto e longo prazo do problema, embora “pareça que a solução deve levar algumas semanas para ser aplicada nos aviões prontos, o que deve afetar a estimativa de entregas da Boeing para este exercício fiscal”.
“Eles devem fornecer uma atualização sobre o problema no começo de setembro, em uma conferência para investidores. As ações podem sofrer pressão nesta quinta-feira”, escreveram em nota.
Os analistas da Wolfe Research também comentaram:
“Esse problema mostra mais uma vez o caminho geralmente turbulento para a recuperação no cenário dos fabricantes aeroespaciais. A BA continua valendo a pena mesmo com as dificuldades, dada sua forte história de fluxo de caixa livre. Vemos a HWM e a HXL como apostas em OEM com menos complicações.”