Arena do Pavini - As ações da Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, vão começar amanhã a ser negociadas no Novo Mercado da B3 (SA:BVMF3), nível máximo de governança do país. A migração é um marco na história da empresa, que até novembro de 2020 vai se transformar numa verdadeira corporação, sem grupo de controle definido e com uma base de acionistas diversificada, diz a companhia.
Com a migração, a Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, passa a ser a 142ª empresa listada no Novo Mercado, no qual as empresas só podem ter ações com direito de voto, as chamadas ações ordinárias (ON). Além disso, precisam cumprir diversas normas de transparência e respeito aos acionistas minoritários.
Para entrar no Novo Mercado, a Vale promoveu uma grande reestruturação que incluiu a troca de suas ações preferenciais por ordinárias, estendendo o direito de voto para todos os acionistas. A operação é de interesse dos principais controladores da empresa, os grandes fundos de pensão de estatais como a Previ, a Petros, a Funcesp e outros, que estão reunidos na holding Litel.
Depois que o capital da empresa for pulverizado, a Litel deve entregar suas ações aos fundos que poderão vende-los diretamente no mercado se quiserem. Hoje, na Litel, a liquidez dessas ações é muito baixa e cria riscos para os fundos de pensão, que já estão na fase de pagar os benefícios.