Investing.com - Na parte da manhã desta quinta-feira, as ações do Banco do Brasil (SA:BBAS3) operam com forte valorização de 3,62% a R$ 33,85, após o banco divulgar o resultado do segundo trimestre do ano que superaram as estimativas do mercado.
Para a XP Investimentos, o BB mostrou muitos sinais positivos. A Margem Financeira Bruta atingiu R$12,6 bilhões, crescimento trimestral de 5,3% após seis períodos consecutivos diminuindo.
O lucro líquido ajustado foi de R$ 3,2 bi (+0,8% da projeção da corretora e +3,6% do consenso), com crescimento trimestral de 7,1% e ROE de 13,8% (contra 13,2% no 1T).
Para os analistas, outros destaques foram: qualidade dos ativos muito positiva, com inadimplência 31bps menor vs 1T e despesas de provisão bastante inferiores (-15,6% tri contra tri), o que levou o banco a ajustar para baixo o guidance de 2018 e carteira de crédito, com a corporativa se estabilizando após reduzir por dois anos seguidos e o crédito ao consumidor e rural ganhando força após um 1T decepcionante.
A XP destaca especialmente pela qualidade e sustentabilidade das principais métricas, e mantém recomendação neutra nas ações devido às incertezas no campo eleitoral.
A equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11) destacou que o resultado foi bastante forte, com melhora sequencial na margem financeira e queda relevante em inadimplência e provisões, conforme nota a clientes, que considerou o desempenho de bastante qualidade, com lucro acima das projeções dos analistas da casa.
A Coinvalores destaca que, ao contrário do resultado do primeiro trimestre, que considerou aquém do esperado, os números divulgados pelo banco são vistos com bons olhos, com destaque para a volta do crescimento da margem financeira bruta, que foi de 5,3% em três meses, a redução nas despesas com PDD e o bom controle de despesas administrativas.
Com todos esses fatores positivos, o bottom line do banco voltou a mostrar evolução, de 7,1% na comparação com o trimestre anterior, revertendo a tendência do começo do ano. Apesar de margem financeira bruta e crescimento da carteira de crédito estarem abaixo do patamar de guidance do banco para o ano, o BB manteve as projeções, revisando apenas a estimativa para despesas com PDD do intervalo de R$ 16 bi a R$ 19 bi para entre R$ 14 bi e R$ 16 bi.
Além disso, o BB anunciou JCP no valor (já líquido de IR) de R$ 0,2266 para os acionistas posicionados ao final do pregão do dia 21 de agosto (data ex dia 22). O pagamento será no dia 31 desse mês ainda. O yield, no entanto, é de 0,7% em relação ao fechamento de ontem.
A corretora aposta que a evolução dos números em relação ao primeiro trimestre pode animar o mercado, ainda assim, acreditamos que o banco deve responder principalmente ao noticiário eleitoral até outubro ou novembro.