Por Devik Jain e Amruta Khandekar
(Reuters) - As ações europeias caíram de forma acentuada nesta sexta-feira, depois que um crescimento robusto no mercado de trabalho dos Estados Unidos fortaleceu o argumento a favor de o banco central norte-americano continuar a aumentar a taxa de juros agressivamente em busca de acabar com a inflação elevada.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em baixa de 1,18%, a 391,67 pontos, sua terceira sessão consecutiva de queda.
Os tão esperados dados de criação de vagas fora do setor agrícola dos EUA mostraram que os empregadores contrataram mais trabalhadores do que o esperado em setembro, enquanto a taxa de desemprego recuou, o que alimentou as apostas num quarto incremento consecutivo de 0,75 ponto percentual nos juros por parte do Federal Reserve no próximo mês.
"Eles (os dados) não mudam o quadro em nada. Apenas reforçam a crença de que o Fed ainda não terminou de apertar (a política monetária)", disse Daniela Hathorn, analista de mercado da Capital.com.
Ainda assim, o STOXX 600 registrou ganhos semanais de quase 1%, já que esperanças passageiras de que os principais bancos centrais poderiam domar sua abordagem agressiva em relação à política monetária impulsionaram brevemente as ações nas primeiras sessões da semana.
O índice registrou seu melhor desempenho semanal em um mês.
Os papéis de tecnologia, que são mais sensíveis aos juros, caíram 4,3% nesta sexta-feira e ficaram na lanterna entre os demais setores do STOXX 600. Em seguida vieram as ações imobiliárias e industriais, que cederam 2,4% e 2,3%, respectivamente.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,09%, a 6.991,09 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,59%, a 12.273,00 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,17%, a 5.866,94 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,13%, a 20.901,56 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,99%, a 7.436,90 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,97%, a 5.354,70 pontos.