Queda de alimentos acelera e IPCA sobe menos que o esperado em julho apesar de energia elétrica
Por Sukriti Gupta e Sanchayaita Roy e Shashwat Chauhan
(Reuters) - As ações europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira, com perdas nos papéis de bancos e de saúde pesando no final de uma semana marcada pelos anúncios de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a União Europeia também aguardando uma carta de Trump sobre as taxas de importação.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 1,01%, a 547,34 pontos, interrompendo uma sequência de quatro dias de ganhos e registrando sua maior baixa em um único dia em mais de três meses.
Inicialmente, a UE esperava chegar a um acordo comercial abrangente com os EUA, incluindo tarifas zero por zero sobre produtos industriais, mas meses de negociações difíceis levaram à conclusão de que provavelmente terá de se contentar com um acordo provisório e esperar que algo melhor possa ser negociado.
"Esperávamos que fosse aprovado na quarta-feira, portanto, quanto mais isso se arrasta, mais nos preocupamos com a possibilidade de Trump não estar de acordo e a UE pode ser atingida por tarifas significativamente mais altas mais uma vez", disseram analistas da TD Securities em nota.
A demanda por risco foi afetada globalmente depois que Trump anunciou uma tarifa de 35% sobre todas as importações do Canadá a partir de 1º de agosto e sinalizou uma tarifa geral de 15% ou 20% sobre outros países, acima da atual tarifa base de 10%.
O setor de bancos europeus liderou a queda, com uma queda de 1,8%.
As ações do setor de saúde também registraram grandes perdas nesta sexta-feira, com a fabricante dinamarquesa de medicamentos Novo Nordisk em queda de 3,6%.
Um raro ponto positivo foi o setor de energia, com as ações da BP em alta de 3,4%, depois que a gigante britânica do petróleo disse que sua produção no segundo trimestre deverá ser maior do que o previsto anteriormente.
Os setores de automóveis e mineradoras foram os de melhor desempenho esta semana e o de telecomunicações o pior.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,38%, a 8.941,12 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,82%, a 24.255,31 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,92%, a 7.829,29 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,11%, a 40.077,88 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,94%, a 14.009,20 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,27%, a 7.727,02 pontos.