CHICAGO (Reuters) - As três companhias aéreas norte-americanas que usam o 737 MAX da Boeing se mantiveram firmes em defesa da aeronave nesta terça-feira, ainda que alguns clientes, sindicatos e políticos tenham questionado sua segurança após um número crescente de países banir o avião depois de um acidente fatal na Etiópia.
A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos é uma das poucas grandes reguladoras que não suspenderam voos do 737 MAX após o Reino Unido e a União Europeia se unirem a uma onda de outras suspensões nesta terça-feira, após dois desastres envolvendo o mesmo modelo num intervalo de meses.
Southwest Airlines, American Airlines Group e United Airlines disseram que ainda têm confiança em suas frotas. A Southwest e a American ambas disseram que dados de sua frota mostram que o avião é seguro.
Muitos possíveis passageiros usaram as redes sociais para expressar preocupações, questionando se deveriam mudar seus voos e alguns até pedindo cancelamento. A conta de Twitter da Southwest Airlines estava sobrecarregada com centenas de clientes preocupados com o avião.
Uma cliente usou o Twitter para dizer à Southwest que viajará com sua filha em maio. "Não quero estar num Boeing MAX 8", disse ela. A companhia respondeu que estava focada em segurança, acrescentando que "nossa frota de Boeing 737 MAX 8 está operando conforme o planejado hoje e planejamos operar essas aeronaves futuramente". A cliente terá que esperar até 24 horas antes de seu voo para descobrir qual aeronave será usada.
Sindicatos que representam comissários de bordo e pilotos da American Airlines pediram ao presidente da empresa, Doug Parker, que considere suspender voos dos aviões até que haja uma investigação profunda. Comissários disseram que não serão forçados a voar nas aeronaves se não se sentirem seguros.
Um outro sindicato que representa comissários de bordo da United Airlines também pediu à FAA que suspenda os voos do modelo e realize uma investigação sobre o 737 MAX.
Até o momento, sindicatos que representam pilotos não se uniram a tais pedidos.
Os senadores norte-americanos Mitt Romney e Elizabeth Warren foram os mais recentes políticos a pedir por ações da FAA.
A FAA e a Boeing disseram que as aeronaves são seguras para operar.
(Por Tracy Rucinski; reportagem adicional de Angela Moon)