Por David Shepardson e Nick Carey
WASHINGTON (Reuters) - O órgão regulador de segurança automotiva dos Estados Unidos abriu uma investigação nesta terça-feira para determinar se a Cruise, unidade de direção autônoma da General Motors (NYSE:GM), está tomando precauções suficientes com seus "robotáxis" autônomos para proteger os pedestres.
A Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA) disse que recebeu dois relatórios da Cruise sobre incidentes em que pedestres foram feridos e identificou outros dois incidentes por meio de vídeos postados em sites públicos.
A NHTSA afirmou que os relatórios incluem veículos autônomos da Cruise "avançando em pedestres presentes ou entrando em vias, incluindo faixas de pedestres, nas proximidades do caminho pretendido dos veículos".
A avaliação preliminar da NHTSA abrange cerca de 594 veículos e é o primeiro passo antes de a agência tentar forçar um recall.
"Isso pode aumentar o risco de uma colisão com um pedestre, o que pode resultar em ferimentos graves ou morte", acrescentou a agência.
A GM está gastando quase 2 bilhões de dólares por ano com a Cruise, mas insiste que o negócio representa uma "grande oportunidade de crescimento". Em junho, a presidente-executivo da GM, Mary Barra, reiterou uma previsão de que a Cruise poderia gerar 50 bilhões de dólares por ano em receita anual até 2030.
Um porta-voz da Cruise disse que a empresa se comunica regularmente com a NHTSA e "tem cooperado consistentemente com cada uma das solicitações de informações da NHTSA".
Em dezembro, a NHTSA abriu uma investigação de segurança separada sobre o sistema de direção autônoma nos veículos da Cruise após relatos de dois feridos em colisões traseiras. A NHTSA disse que os veículos Cruise "podem se envolver em uma frenagem inadequadamente brusca ou ficar imobilizados".