As entregas de aeronaves da Airbus SE em setembro estão atrasadas em relação ao ritmo estabelecido no ano anterior, gerando preocupações sobre a capacidade do gigante aeroespacial de atingir sua meta anual de entregas revisada. Em julho, a Airbus ajustou sua meta de entregas para o ano para 770 aeronaves, abaixo das 800 anteriormente previstas, citando escassez de motores e outros problemas na cadeia de suprimentos. A empresa também adiou seu objetivo de produção subjacente de médio prazo em um ano para 2027.
A fabricante europeia de aviões entregou cerca de 30 aeronaves em setembro, totalizando aproximadamente 477 para o ano, de acordo com dados da Cirium Ascend. Essa taxa de entrega sugere que a Airbus pode terminar o mês com cerca de 36 entregas de aeronaves ou 483 desde janeiro, o que está abaixo das 488 entregas feitas no mesmo período do ano passado. Em comparação, a Airbus conseguiu entregar 55 jatos em setembro do ano passado.
Rob Morris, chefe de consultoria global da Cirium Ascend, observou que a Airbus tem acompanhado de perto seus números de 2023 durante todo o ano, o que reforça a crescente crença de que a empresa pode não atingir a meta de 770 aeronaves. Um porta-voz da Airbus reiterou a orientação mais recente da empresa sem mais elaborações.
Apesar do histórico da Airbus de aumentar as entregas no quarto trimestre, as restrições na cadeia de suprimentos e os desafios internos de produção lançaram dúvidas sobre sua capacidade de se recuperar este ano. Sash Tusa, analista da Agency Partners, expressou preocupações sobre o aumento da produção da Airbus, particularmente além de 2024, sugerindo que os riscos podem estar inclinados para o lado negativo.
Em julho, a Airbus culpou os atrasos nas entregas de motores LEAP, produzidos pela joint venture Safran e GE Aerospace CFM, e outras peças como trem de pouso pela meta de entrega reduzida. O fornecimento de motores continuou sendo um problema significativo, afetando algumas entregas de aeronaves e permanecendo uma preocupação crítica para a Airbus.
Um porta-voz da GE Aerospace referiu-se aos comentários do CFO Rahul Ghai em uma conferência recente, indicando que a produção de motores no terceiro trimestre melhoraria em relação ao segundo trimestre, mas ainda enfrentaria pressão ano a ano, com mais melhorias esperadas no quarto trimestre.
A Airbus tem produzido uma média de cerca de 50 jatos narrowbody A320neo por mês, um número que não mudou significativamente desde o ano passado. A falta de progresso em direção à meta de médio prazo de 75 jatos por mês aumentou a pressão interna para preservar o caixa, à medida que a Airbus acumula estoque para manter a flexibilidade.
Em resposta a esses desafios, a Airbus iniciou um plano de redução de custos e melhoria de desempenho chamado LEAD! em julho. Como parte do plano, a Airbus está explorando reduções de custos para garantir que as metas de entrega para 2024 sejam cumpridas, com o CEO da divisão de fabricação de aviões, Christian Scherer, instando a equipe a examinar os custos minuciosamente.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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