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Americanas, bilionários e Gutierrez trocam acusações sobre responsabilidade de fraude contábil

Publicado 05.09.2023, 08:28
Atualizado 05.09.2023, 09:31
© Reuters. Loja da Americanas em Brasília
12/1/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino/Arquivo
AMER3
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SÃO PAULO (Reuters) - A Americanas (BVMF:AMER3) e o ex-presidente-executivo Miguel Gutierrez trocaram na segunda-feira acusações sobre a responsabilidade da fraude contábil que levou o grupo a fazer um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história.

No final da tarde de segunda-feira, Gutierrez, que ficou por duas décadas no comando da companhia antes de ser substituído por Sergio Rial no início deste ano, enviou uma carta de 17 páginas aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a crise na rede varejista.

No documento, Gutierrez afirma que "nunca soube" que a pressão dos controladores da Americanas por resultados "teria levado a atos de manipulação da contabilidade", afirmando que o setor tinha "forte influência e controle" dos "acionistas de referência", os bilionários Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.

Gutierrez também afirma que deveria ter saído do comando da empresa em 2021, após decisão dos controladores comunicada a ele por Sicupira em 2019, mas que a pandemia adiou a transição na presidência-executiva da Americanas em um ano. O executivo também cita que na época exercia um papel de "CEO de CEOs", assumida após a fusão da Lojas Americanas com a B2W, e que "naturalmente" isso significava um "menor grau de interação com as áreas mais técnicas e operacionais".

Porém, a Americanas, em nota divulgada após a carta de Gutierrez, diz que "refuta veementemente as argumentações" do executivo e que "as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas, capitaneada pelo senhor Miguel Gutierrez".

Nesta terça-feira, a holding LTS, do trio de bilionários, também rejeitou as acusações de Gutierrez. Segundo a LTS, os comentários do ex-presidente da Americanas "não trazem qualquer prova de suas alegações nem refutam evidências de sua participação na fraude". A holding afirma que o que houve na Americanas foi uma "fraude ardilosa".

© Reuters. Loja da Americanas em Brasília
12/1/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino/Arquivo

A CPI da Americanas foi instaurada em meados de maio e tem prazo até 14 de setembro para concluir os trabalhos. Nesta terça-feira, a Comissão tem sessão marcada para as 15h para tomada de depoimento de Anna Saicali, ex-diretora da companhia, na condição de convocada, e para discussão e votação do relatório do relator Carlos Chiodini (MDB-SC).

O deputado, em seu relatório, decidiu não imputar responsabilidades pela fraude na varejista, mas sugere uma série de medidas para aumentar a responsabilização no mercado financeiro.

(Por Alberto Alerigi Jr.; )

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