Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - Os resultados operacionais da Americanas (SA:AMER3) no primeiro trimestre trazem uma perspectiva positiva para a empresa, segundo o BTG Pactual (SA:BPAC11). Na visão do banco, o cenário para e-commerces no Brasil ainda demanda cuidado, mas os números da companhia mostram sinais animadores para os próximos trimestres.
Às 13h50, as ações da Americanas disparavam 4,15%, a R$ 23,61.
O GMV online da Americanas subiu 20% em relação ao 1T21, para R$ 11 bilhões, em linha com o que o BTG projetava. Sem o incidente cibernético em fevereiro, o GMV online teria aumentado 30%, segundo a própria Americanas.
O GMV do 1P e do 3P cresceu 24% e 16%, respectivamente, com um take rate de 10,5%. Nas lojas físicas, o Same Store Sales (SSS) subiu 10,3%, excluindo os efeitos da Páscoa, o que ficou bem acima dos 8,7% estimados pelo banco.
Assim, o GMV consolidado cresceu 22%, para R$ 14,2 bilhões, enquanto a receita líquida consolidada chegou a R$ 6,8 bilhões, um avanço anual de 28%.
O BTG destaca que houve uma maior integração entre as lojas físicas e a operação online da Americanas, uma vez que 59% das suas entregas foram realizadas no mesmo dia e 35% foram feitas em até três horas.
O TPV da Ame Digital foi de R$ 7,8 bilhões no trimestre, um crescimento anual de 53%, totalizando R$ 28 bilhões nos últimos 12 meses. Enquanto isso, a margem bruta ficou em 30,5%, com o Ebitda em R$ 660 milhões, alta de 58%, com a margem Ebitda em 9,8%.
O resultado líquido ajustado atingiu R$ 238 milhões, mas o BTG aponta que esse número exclui os R$ 153 milhões de ágio relacionado às lojas de conveniência feitas em parceria com a Vibra (SA:VBBR3), que iniciou suas operações no início de fevereiro.
O BTG considera que as ações da Americanas estão descontadas em relação aos seus pares, negociadas a 0,4x EV/GMV 2022, mas uma reclassificação dos papéis dependerá dos resultados da companhia nos próximos trimestres. Assim, o BTG mantém a sua indicação de compra sobre os ativos, com preço-alvo de R$ 45.