SÃO PAULO (Reuters) - A mineradora Anglo American (LON:AAL) espera ter no segundo trimestre do próximo ano a licença operacional para a expansão do sistema de minério de ferro Minas-Rio, disse nesta quarta-feira à Reuters o CEO da companhia no país, Ruben Fernandes.
Além disso, a empresa mantém a perspectiva de retomar, no quarto trimestre deste ano, o funcionamento do mineroduto que se rompeu em março, interrompendo a produção do sistema Minas-Rio.
O executivo avaliou ainda que os contratempos não atrapalham a obtenção de licença para expansão da mina do projeto Minas-Rio.
"São processos independentes. O mineroduto é licenciado pelo Ibama, uma licença independente das licenças da mina e da planta", frisou ele.
Segundo o executivo, toda a inspeção do mineroduto termina nesta semana.
O mineroduto da Anglo, de 529 quilômetros, atravessa 33 municípios mineiros e fluminenses para levar o minério da mina e da usina de beneficiamento da empresa, em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG), até o Porto do Açu, em São João da Barra (RJ).
"Foram 48 passagens do equipamento dentro da tubulação", afirmou Fernandes no intervalo de evento sobre o setor de mineração, em São Paulo.
Apesar de contratempos como o rompimento do mineroduto, os executivos da Anglo estão confiantes de que o Minas-Rio atingirá a meta de produção de 26,5 milhões de toneladas em 2020.
Antes de paralisar suas operações, a Anglo estava produzindo no sistema a um ritmo anual de cerca de 17 milhões de toneladas, segundo informou a empresa anteriormente.
"A licença da planta a gente já tem para operar a capacidade nominal, de 26,5 milhões de toneladas. O que a gente está em processo agora é a licença da mina", disse o CEO.
"Conseguimos a licença prévia e a licença de instalação em janeiro, o que permitiu iniciar as obras... Isso acontece ao longo deste ano e no segundo trimestre do ano que vem (devemos ter) a licença operacional da mina, daí a gente terá minério disponível para chegar aos 26,5 milhões de toneladas".
O pedido de licença operacional da mina deve ser submetido neste segundo semestre de 2018.
Para a expansão do projeto, estão previstos investimentos de 1 bilhão de reais.
(Por José Roberto Gomes)