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Anglo paralisa operações por pelo menos 1 mês após novo vazamento em mineroduto

Publicado 30.03.2018, 17:52
© Reuters.  Anglo paralisa operações por pelo menos 1 mês após novo vazamento em mineroduto
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As operações da Anglo American (LON:AAL) deverão ficar paralisadas por pelo menos mais um mês, após um novo vazamento ter sido encontrado em 29 de março no mineroduto que transporta sua produção de minério de ferro de Minas Gerais até o Rio de Janeiro, informou a mineradora em nota.

A empresa havia interrompido suas operações anteriormente, entre 12 e 27 de março, devido ao rompimento do mineroduto em Santo Antônio do Grama (MG), que causou o despejo de 300 toneladas de uma polpa formada por uma mistura de minério de ferro com água em um córrego na região.

O minério da Anglo é transportado da mina e da usina de beneficiamento, em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG), até o Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), ao longo de um mineroduto de 529 quilômetros, que atravessa 33 municípios mineiros e fluminenses.

Com a operação paralisada, a empresa dará férias coletivas a parte dos empregados da operação, especialmente os da mina e da planta de beneficiamento, em Conceição do Mato Dentro. Segundo a mineradora, a decisão está sendo conversada com os órgãos competentes e negociada com o Sindicato.

Com o novo evento, o órgão ambiental federal Ibama ordenou que a companhia paralise as operações.

"Desde a noite da terça-feira (27/3), a Anglo American vinha, aos poucos, retomando a operação do mineroduto. Para operar com a capacidade total, seriam necessários três dias (72 horas). O segundo incidente muda o plano de inspeção, que agora passa a ser muito mais minucioso", disse em nota o presidente da empresa, Ruben Fernandes.

No novo incidente, em ponto 400 metros à frente do anterior, houve o despejo de 174 toneladas de polpa de minério, composta por 30 por cento de água e 70 por cento de minério, segundo a companhia.

De acordo com a Anglo, diante do ocorrido, a prioridade é rastrear os 529 quilômetros do mineroduto: "O processo será feito com um equipamento de ultrassom (PIG Instrumental) que percorrerá toda a extensão interna da tubulação."

A empresa declarou no comunicado que os impactos do evento são considerados 100 por cento mitigáveis e que, hoje, existem 36 barramentos no córrego Santo Antônio do Grama e uma equipe de mais de 200 pessoas continua a retirar a polpa de minério da calha do rio e de suas margens.

"Os trabalhos de contenção e limpeza da calha do córrego estão sendo intensificados. Além disso, o fornecimento de água do município está garantido, uma vez que a água que abastece a cidade passou a ser captada no ribeirão Salgado por uma adutora construída pela empresa em parceria com a Copasa (SA:CSMG3)", disse Fernandes.

A empresa disse ainda que está em permanente diálogo com as famílias das propriedades vizinhas ao incidente.

Documento do Ibama, visto pela Reuters, expedido na quinta-feira, determina que a empresa interrompa suas operações na estrutura e informa que somente poderá retornar após o cumprimento de condicionantes para comprovar segurança.

"Em virtude da ocorrência de novo acidente ambiental no Mineroduto Minas Rio em 29 de março de 2018, dois dias após o retorno de sua operação normal... informo que o mineroduto deverá interromper imediatamente as suas atividades, devendo requerer autorização deste Instituto para voltar a operar", afirmou o documento do Ibama.

O órgão ambiental também determinou que a empresa apresente, em 48 horas, laudo com a descrição dos danos provocados em decorrência do acidente e detalhamento das medidas de mitigação, controle e reparação que estão e serão realizadas pela empresa.

A Anglo American confirmou que foi notificada pelo Ibama e que a decisão pela paralisação já havia sido tomada pela companhia.

(Por Marta Nogueira)

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