Arena do Pavini - A Planner Corretora mudou a recomendação para a ação do Santander Brasil (SA:SANB11) de manter para comprar após o resultado do segundo trimestre divulgado pelo banco hoje. Em relatório assinado por Mario Roberto Mariante e Victor Luiz de F. Martins, a corretora manteve o preço justo da ação em R$ 45,00. Também o BB Investimentos melhorou a recomendação para a ação, de média de mercado para acima da média, ou seja, comprar, com preço de R$ 42 por ação. Assinam o relatório do BB (SA:BBAS3) Kamila Oliveira e Carlos Daltozo. A unit (recibo de ações) do banco fechou hoje em R$ 35,84, alta de 5,26%, a terceira maior do Índice Bovespa, que subiu 1,34% e fechou nos 80.218 pontos.
O Santander Brasil registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,0 bilhões,com um retorno sobre o patrimônio líquido de 19,5%, acima do esperado, com crescimento de 6% frente ao primeiro trimestre deste ano. No acumulado do semestre, o lucro cresceu 27% para R$ 5,9 bilhões.
Em base trimestral, o resultado do segundo trimestre foi impactado positivamente pelo incremento da Margem Financeira, queda da Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) e o crescimento das Receitas de Serviços, que no conjunto, mais que compensaram o comportamento das Despesas Gerais.
A carteira de crédito cresceu em ambas as bases de comparação sensibilizada pela evolução no segmento das Pessoas Físicas e no financiamento ao consumo. O spread de crédito melhorou, assim como o índice de eficiência. A inadimplência caiu 0,1 p.p para 2,8% reflexo da redução no segmento PJ.
Para a Planner, o banco segue fortalecendo seu modelo comercial com aumento da base de clientes, da produtividade e crescimento sustentável. Some-se a melhora de eficiência e da rentabilidade, com destaque para a diversificação de receitas e controle de custos.
Já o BB Investimentos reforça que o Santander Brasil passou pelo período turbulento da economia brasileira, sem riscos, aumentando sua carteira de crédito, conquistando participação de mercado e com melhor qualidade de ativos, em um ciclo completamente diferente quando comparado aos seus pares. “Em nossa visão, o Santander Brasil foi circunstancialmente beneficiado pela sua própria ineficiência no passado, uma vez que o resultado antes de 2015 ficou abaixo do esperado, com o ROE (retorno sobre patrimônio) médio em torno de 10% no período”, diz o relatório. Assim, entrou no ciclo de recessão brasileiro com um balanço mais leve do que seus principais concorrentes.
Retorno acima de 20%
Esse impressionante crescimento da carteira de crédito de 13% ao ano confirma apenas o momento favorável pelo qual o Santander Brasil está passando, apesar da lenta recuperação da economia doméstica, dizem os analistas do BB. “Esperamos ver o ROE do Santander Brasil superando o patamar de 20% nos próximos trimestres”, afirmam. Este impulso positivo não pode ser ignorado e a orientação suave de linha de fundo de R $ 12 bilhões para 2018 parece viável neste momento. “Assim, atualizamos nossas estimativas para incorporar os números do 1S18, aumentando nosso lucro líquido em 3,2% e 2,5% para 2018 e 2019, respectivamente, e também atualizamos nosso TP (preço-alvo) para este ano para R $ 42,00 (de R $ 38,50), mudando a recomendação para Outperform (de Market Perform)”, conclui o BB Investimentos.
Por Arena do Pavini