(Reuters) - A avaliação ótima/boa da presidente Dilma Rousseff despencou de 42 por cento em dezembro para 23 por cento em fevereiro, enquanto aqueles que a consideram ruim/péssima passaram de 24 por cento para 44 por cento, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, apontando uma mudança brusca na aprovação da presidente apenas um mês após o início do segundo mandato.
A queda na popularidade de Dilma acontece em meio ao escândalo bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras, revelado na Operação Lava Jato da Polícia Federal e considerado o maior da história do Brasil, com a participação de ex-funcionários, executivos de empreiteiras e políticos.
Para 77 por cento dos entrevistados pelo Datafolha, Dilma tinha conhecimento da corrupção na Petrobras. A maioria dos entrevistados (52 por cento) acredita que a presidente sabia dos desvios e deixou continuar, enquanto outros 25 por cento disseram que ela sabia e nada pôde fazer.
O levantamento Datafolha mostrou ainda que a corrupção está entre os principais problemas do país para a população, atrás apenas da saúde. Para 21 por cento dos entrevistados, a corrupção é o maior problema do Brasil, enquanto 26 por cento apontaram a saúde como principal mazela.
De acordo com o levantamento, publicado no site do jornal Folha de S.Paulo, a avaliação regular de Dilma permaneceu estável em 33 por cento entre dezembro e fevereiro. Um por cento dos entrevistados não soube responder ou não respondeu.
A atual avaliação de Dilma é a pior de seu governo e a mais baixa de um presidente desde Fernando Henrique Cardoso em dezembro de 1999 -46 por cento de ruim/péssimo-, segundo a Folha.
A pesquisa divulgada neste sábado foi realizada entre 3 e 5 de fevereiro, com 4.000 entrevistados em 188 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)