Davos (Suíça) 28 jan (EFE).- O primeiro-ministro e ministro de
Assuntos Exteriores grego, Giorgos Papandreou, afirmou hoje em Davos
que a Grécia não vai sair da zona do euro apesar de seu déficit
público ter alcançado 12,7% em 2009.
No Fórum Econômico Mundial, o primeiro-ministro disse que percebe
"ataques contra a zona do euro por interesses políticos e
financeiros nos quais alguns países foram usados com frequência como
os doentes da zona do euro e há especulações".
Papandreou defendeu a credibilidade da Grécia em um momento em
que os mercados financeiros perderam confiança em sua capacidade de
financiar sua dívida.
Em 2009, a dívida pública da Grécia chegou a 113% de seu Produto
Interno Bruto (PIB).
Em Davos, o primeiro-ministro reconheceu que a "Grécia tem um
déficit de credibilidade maior que seu déficit fiscal" e reiterou
seu propósito de reduzi-lo para 3% do PIB até 2012, planos que os
mercados financeiros classificaram de ambiciosos.
O presidente do Governo espanhol, José Luis Rodrigo Zapatero, que
assistiu ao debate sobre o futuro da zona do euro no Fórum Econômico
Mundial enfatizou que "ninguém vai sair do euro, mas sim novos
países serão incorporados no futuro".
Papandreou acrescentou que "a zona do euro foi importante para a
Grécia independentemente das dificuldades que tenhamos tido e hoje é
um amortecedor de alguns problemas e nos permite a reestruturação".
O primeiro-ministro grego lembrou a má gestão da Grécia e a
corrupção no passado, "problemas que a crise econômica colocou em
destaque", segundo disse.
A Grécia deve reduzir seu déficit em 4% para cumprir os critérios
de Maastricht até 2012 e fazer as reformas administrativas, fiscal e
lutar contra a corrupção. EFE