SÃO PAULO (Reuters) - Os aviões militares Super Tucano da Embraer (SA:EMBR3) poderão fazer parte da parceria montada pela companhia brasileira com a norte-americana Boeing na área de defesa, afirmou nesta quinta-feira o vice-presidente financeiro Nelson Salgado.
A Embraer, que aceitou vender o controle de sua principal geradora de recursos, a divisão de aviação comercial, para a Boeing, terá uma parceria com a norte-americana na comercialização do cargueiro militar KC-390, desenvolvido por sua divisão de defesa.
"A parceria em defesa não está limitada ao KC-390. É o foco inicial da parceria...Não existe restrição para o Super Tucano não ser tratado pela Boeing (na parceria)", disse Salgado em teleconferência com jornalistas, depois que a Embraer divulgou nesta quinta-feira prejuízo de cerca de 30 milhões de reais no quarto trimestre de 2018.
Salgado afirmou que a Embraer espera entregar 10 Super Tucanos em 2019 e além da primeira unidade do KC-390.
Segundo ele, as aprovações de autoridades de defesa da concorrência ao redor do mundo para a venda do controle da divisão comercial da empresa e a parceria no segmento de produtos militares devem ser concedidas até o final deste ano.