RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Ministério do Trabalho interditou nesta quarta-feira as obras em uma arena de tênis e parou parcialmente a construção no velódromo para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, devido a riscos de segurança para os operários.
O MT disse em nota que os problemas geravam "risco grave e iminente à integridade física dos trabalhadores".
Os fiscais e auditores do Ministério do Trabalho iniciaram a vistoria nas obras na terça-feira e constataram uma inclinação acima do normal em uma rampa de acesso ao centro da arena de ciclismo e a ausência de guarda-corpo na maior das três instalações de tênis.
Segundo o MT, a interdição do velódromo é parcial, ao passo que a da arena de tênis é integral.
A Rio Urbe, órgão da prefeitura, informou que a inclinação da rampa deve se adequar às exigências nas próximas horas, enquanto que a colocação do guarda-corpo deve ser feita até sexta-feira.
"Não há risco de atraso no cronograma da obra", disse à Reuters um porta voz da prefeitura.
Em nota, a Rio Urbe esclareceu que "para cumprir o pedido do MT, as atividades, nesse ponto específico (do velódromo), precisaram ser interrompidas e, no caso do centro de tênis, as obras nesse ponto foram suspensas até a instalação do material, o que será resolvido entre amanhã e sexta...As interrupções não impactam no cronograma de entrega das obras Olímpicas", diz o documento.
Até pouco tempo, a obra do velódromo era motivo de preocupação dos organizadores da Olimpíada e também uma das mais polêmicas dos Jogos, visto que o Rio fez uma arena de ciclismo para o Pan de 2007, mas o equipamento foi considerado inadequado para 2016.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)