SÃO PAULO (Reuters) - A Azul (SA:AZUL4) não tem neste momento nenhum plano para uma oferta de aquisição da Avianca Brasil e vai aguardar o curso natural da recuperação judicial da rival, disse o presidente-executivo da terceira maior companhia aérea do país, John Rodgerson, nesta sexta-feira.
Mais cedo, o jornal Valor Econômico publicou que a Azul estuda fazer oferta pela Avianca Brasil e que a compra seria feita com recursos em caixa, citando o fundador e presidente do conselho da companhia, David Neeleman.
Questionado pela Reuters, Rodgerson afirmou que a Azul tem obrigação de continuamente analisar o mercado em que está inserida, mas que "não tem nada acontecendo agora" sobre uma eventual oferta pela Avianca Brasil, quarta maior companhia aérea do país, que pediu recuperação judicial na segunda-feira.
"O processo de recuperação judicial deles é bem novo (...) É capaz de, no futuro, darmos uma olhada, mas agora não tem nada em curso", disse Rodgerson.
As ações da Azul chegaram a acelerar perdas no início da tarde, atingindo queda de 2,3 por cento na mínima na sessão, a 33,12 reais, mas por volta de 15:35 reduziam as perdas, mostrando decréscimo de 0,15 por cento, a 33,85 reais.
A empresa publicou ainda um comunicado à imprensa afirmando que Neeleman "estava se referindo ao dever fiduciário da empresa de avaliar potenciais oportunidades de mercado. A empresa atualmente não está engajada em negociações para fazer uma oferta de compra da Avianca Brasil".
Questionado sobre os comentários de Neeleman sobre os recursos em caixa da companhia, Rodgerson afirmou que o executivo se referiu à forte posição financeira da Azul, de 4,1 bilhões de reais ao final de setembro. "Isso não quer dizer que estamos fazendo alguma coisa (sobre a Avianca Brasil)", disse o presidente-executivo da Azul, que no sábado comemora 10 anos do primeiro voo da empresa.
(Por Alberto Alerigi Jr.)